Banco Central mantém taxa Selic em 15% ao ano e reafirma vigilância

Breno Esaki/Metrópoles

Decisão unânime do Copom reflete controle da inflação com juros altos

Comitê de Política Monetária mantém taxa Selic em 15% ao ano, aguardando evolução da inflação.

Banco Central mantém taxa Selic em 15% ao ano, seguindo expectativas do mercado

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (10 de dezembro), manter a taxa básica de juros do país, a taxa Selic, em 15% ao ano. Esta decisão foi unânime entre os membros do colegiado e representa a quarta reunião consecutiva em que a taxa permanece no mesmo patamar. A taxa Selic, que havia sido elevada para este nível após um ciclo de sete aumentos consecutivos, reflete uma política monetária restritiva iniciada em setembro do ano anterior, quando o Copom decidiu interromper uma sequência de cortes e elevar a Selic de 10,50% ao ano para 10,75% ao ano.

O impacto da manutenção da taxa Selic

A decisão de manter a Selic em 15% foi divulgada em um momento em que o Copom observa as pressões inflacionárias e a necessidade de um controle mais rigoroso dos preços de bens e serviços. A alta da Selic é um mecanismo utilizado pelo BC para conter a inflação, já que juros mais altos tendem a desincentivar o consumo e os investimentos, tornando o crédito mais caro e desestimulando a atividade econômica.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou que a manutenção da taxa em níveis elevados é crucial para assegurar a convergência da inflação à meta estabelecida de 3% ao ano. O comunicado do Copom enfatiza que a política monetária pode ser ajustada conforme necessário, e que não hesitarão em retomar o ciclo de ajustes caso a situação exija.

Expectativas do mercado e projeções futuras

Apesar das pressões políticas e da crescente expectativa sobre um possível corte na Selic, as projeções mais recentes do mercado financeiro, conforme consulta semanal no relatório Focus, indicam que a Selic deve fechar o ano em 15% ao ano, sem novas elevações previstas. Para os próximos anos, as estimativas apontam para:

  • 2026: Selic em 12,38% ao ano
  • 2027: Selic em 10,50% ao ano
  • 2028: Selic em 10% ao ano

Essas previsões revelam a desconfiança do mercado em relação a uma possível redução da taxa, que não deve voltar a ficar abaixo dos dois dígitos até o fim deste governo, em 2026, nem durante o mandato de Galípolo à frente do Banco Central, que vai até 2028.

Próximas reuniões do Copom e a agenda do Banco Central

O Comitê de Política Monetária tem reuniões agendadas para os seguintes dias em 2026:

  • 27 e 28 de janeiro
  • 17 e 18 de março
  • 28 e 29 de abril
  • 16 e 17 de junho
  • 4 e 5 de agosto
  • 15 e 16 de setembro
  • 3 e 4 de novembro
  • 8 e 9 de dezembro

Com um cenário tão desafiador, o Banco Central continua a se posicionar como um guardião da estabilidade econômica, enquanto busca a adequação das suas políticas às necessidades em evolução do país.

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