Banco Central deve focar na meta de 3% de inflação, afirma Galípolo

Adriano Machado

O presidente do Banco Central destaca a importância de não perseguir a banda superior da meta

Galípolo defende que o BC deve focar na meta de 3% de inflação, sem buscar a banda superior.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, argumentou nesta terça-feira que a instituição não pode perseguir a banda superior da meta de inflação, de 4,5%, mas sim o centro do objetivo, de 3%. Durante uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Galípolo esclareceu: “A meta não é a banda superior. A banda foi feita para que, dado que a inflação oferece flutuações, criou-se um ‘buffer’ para amortecer eventuais flutuações. Mas de maneira nenhuma a meta é de 4,5%”.

Importância da Meta de 3%

O presidente do BC reforçou a necessidade de focar na meta central de 3%, enfatizando que isso é crucial para a política monetária. “Tenho que perseguir uma meta de inflação de 3%”, disse Galípolo, expressando sua determinação em cumprir essa meta durante seu mandato.

Projeções do Boletim Focus

Galípolo lamentou que, pelas projeções do boletim Focus, o Banco Central não conseguirá cumprir essa meta de 3% durante todo o seu mandato, que se estende até 31 de janeiro de 2028. Os economistas do mercado esperam que a inflação seja de 4,18% no fim de 2026, de 3,80% ao término de 2027 e de 3,50% no final de 2028, todos acima do centro da meta estabelecida.

Desafios do Mandato

“As projeções do Focus mostram que o BC não vai cumprir a meta durante todo o meu mandato. Eu vou passar meu mandato inteiro sem cumprir a meta de inflação”, reconheceu o presidente, demonstrando consciência sobre os desafios que enfrenta. Essa situação evidencia a complexidade da política monetária em um contexto de incertezas econômicas e flutuações inflacionárias.

Perspectivas Futuras

Com a inflação prevista acima da meta, Galípolo e sua equipe enfrentam um cenário desafiador. A busca pela estabilidade econômica e a manutenção da inflação dentro da meta são questões centrais para o Banco Central, especialmente em tempos de volatilidade econômica. As estratégias que serão adotadas para lidar com esses desafios certamente terão um impacto significativo na economia brasileira nos próximos anos.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Adriano Machado

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