Banco Pan (BPAN4) tem valorização de 28% após proposta de incorporação pelo BTG

A proposta pode transformar o Banco Pan em subsidiária integral do BTG Pactual

As ações do Banco Pan (BPAN4) subiram mais de 28% após proposta de incorporação do BTG Pactual, oferecendo um prêmio superior a 30% sobre o preço de fechamento anterior.

As ações do Banco Pan (BPAN4) dispararam mais de 28% nesta terça-feira, para uma máxima desde setembro do ano passado, após o BTG Pactual (BPAC11) propor a incorporação do banco no qual já detém 76,9%. A oferta envolve a troca de ações — 0,2128 units do BTG Pactual para cada ação preferencial do Pan, o que implica um preço de R$ 10,07 por papel, equivalente a um prêmio superior a 30% sobre o preço de fechamento da segunda-feira.

Expectativas de melhora operacional

A visão de analistas do Bradesco BBI é de que o preço pago reflete expectativas de uma melhora substancial na eficiência operacional e no desempenho do Banco Pan. Eles analisam que essa proposta é um passo natural do BTG, que busca simplificar sua estrutura e adotar melhores práticas operacionais, reduzindo custos de captação.

Detalhes da proposta

A proposta representa um prêmio superior a 30% em relação ao preço de mercado da ação preferencial do Pan. Após a incorporação, que depende de aprovações regulatórias, o Pan será convertido em uma subsidiária integral indireta e sairá da bolsa, conforme informado pelo BTG. Analistas do UBS BB ressaltam que essa oferta não foi uma surpresa, pois o interesse do BTG na aquisição de ações do Pan já era conhecido no mercado.

Histórico do BTG com o Banco Pan

O BTG Pactual entrou no Banco Pan em 2011, quando adquiriu 51% das ações ordinárias, e desde então aumentou sua participação para os atuais 76,9%. O CFO do BTG, Renato Cohn, já havia mencionado que o banco sempre teve interesse em uma aquisição, mas que isso dependia do preço. Mesmo sem considerar sinergias com a incorporação, a equipe do UBS BB acredita que o negócio é neutro para o lucro por ação do BTG Pactual em 2026, além de não prever impacto relevante nos índices de capital.

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