BofA prevê corte de 50 pontos-base na Selic em janeiro de 2024

David Beker - BofA - Selic

Banco mantém expectativa apesar do tom conservador do Copom

O Bank of America prevê um corte de 50 pontos-base na Selic em janeiro, mantendo a projeção apesar da postura hawkish do Copom.

BofA mantém previsão de corte na Selic para janeiro de 2024

O Bank of America (BofA) reafirmou sua previsão de que o Banco Central iniciará um ciclo de cortes na taxa Selic, com uma redução de 50 pontos-base programada para a reunião de janeiro de 2024. Apesar do comunicado recente do Comitê de Política Monetária (Copom), que apresentou um tom mais rigoroso do que o esperado, o banco acredita que as condições econômicas justificam essa decisão.

O estrategista-chefe do BofA, David Beker, destacou que aguardava uma linguagem menos incisiva do Banco Central, mas reconhece que a postura hawkish é uma estratégia para maximizar a eficácia dos discursos e das políticas monetárias atuais. Segundo Beker, “se o Banco Central começar a afrouxar antes do tempo, há um risco de perda de credibilidade no mercado”.

Cenário macroeconômico que suporta cortes na Selic

A análise do BofA aponta que a inflação tem mostrado uma tendência de baixa e as expectativas de mercado também estão se ajustando, favorecendo a possibilidade de cortes. O banco projeta que, após a redução inicial, o Copom continuará a reduzir a taxa em reuniões subsequentes, levando a Selic ao patamar de 11,25% ao final do ciclo. Essa taxa, embora ainda acima do nível considerado neutro, é vista como necessária para estimular a economia.

Beker também observou que, do ponto de vista da atividade econômica, os dados do segundo semestre do ano indicam desaceleração, criando um ambiente favorável para a política de cortes. Ele prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,5% em 2024, reduzindo para 2% em 2025.

Avaliação dos riscos fiscais e cenário cambial

Em relação ao panorama fiscal, Beker considera que os riscos para 2025 são menores do que muitos analistas supõem. Segundo ele, a posição do presidente Lula, que está confortável nas pesquisas de reeleição, pode mitigar potenciais surpresas fiscais. O cenário político presente, segundo o estrategista, já encaminha a maior parte das entregas necessárias, com novas propostas focadas nas campanhas eleitorais do que em ações imediatas.

Além disso, o BofA mantém uma previsão de um dólar mais fraco, projetando que a moeda esteja cotada a R$ 5,20 ao final de 2025. Apesar disso, Beker alerta para que a volatilidade nas eleições pode afetar a atratividade do real no mercado.

Expectativas para os EUA e impacto na política monetária

Nos Estados Unidos, o cenário político também gera incertezas que devem perturbar o mercado. Beker mencionou que as eleições de meio de mandato e a forma como a política fiscal será conduzida a partir de 2025 são pontos a serem observados. O economista acredita que, mesmo com uma economia americana robusta, há pouco espaço para cortes nas taxas no curto prazo. O Federal Reserve (Fed) reduziu os juros recentemente, mas o contexto se mantém complexo, refletindo incertezas que impactam tanto o mercado interno quando o externo.

Assim, o BofA mantém sua visão de que, ao reduzir as taxas, o Banco Central brasileiro estará agindo de acordo com as necessidades do país, considerando a atual conjuntura e os dados que respaldam essa ação.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: David Beker – BofA – Selic

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