Eleições presidenciais vão decidir novos rumos para o país em meio a graves desafios econômicos.
Bolívia vai às urnas em 19 de agosto para decidir seu futuro político após 20 anos de Evo Morales.
Neste domingo (19), a Bolívia volta às urnas para o segundo turno presidencial, em uma disputa que deve encerrar o ciclo político iniciado por Evo Morales há quase duas décadas. O pleito ocorre em meio a uma grave crise econômica, colocando frente a frente o senador Rodrigo Paz, de perfil centrista, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, representante do campo conservador.
Desafios econômicos e políticos
O primeiro turno, realizado em 17 de agosto, registrou um dos piores desempenhos da história do MAS (Movimento ao Socialismo), partido de Morales. Agora, os dois candidatos prometem reduzir o papel do Estado na economia e retomar o diálogo com Washington, em contraste com a política externa do MAS, marcada por alianças com países como China, Rússia e Irã.
Crise econômica
O país enfrenta escassez de combustíveis, inflação em alta e queda nas exportações de gás natural, que é a principal fonte de receita nacional. As reservas internacionais despencaram, impactando o comércio e o consumo. O próximo presidente assumirá, em 8 de novembro, um governo com pouco espaço fiscal e enorme pressão popular por estabilidade.
Novas regras eleitorais
Após as denúncias de fraude nas eleições de 2019, que levaram à renúncia de Evo Morales, o Tribunal Supremo Eleitoral implementou um novo sistema de apuração, que inclui fotografias das atas de votação e transmissão digital direta aos centros de contagem. Observadores da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos (OEA) acompanharão o processo. As urnas abrirão às 9h (horário de Brasília) e fecharão às 17h, com a expectativa de que 80% dos resultados preliminares sejam divulgados até as 21h, enquanto os dados oficiais devem ser anunciados em até sete dias.