Bolsonaro aguarda prisão e mantém rotina política

Hugo Barreto/Metrópoles

Ex-presidente se dedica a articulações políticas e cuidados de saúde

Bolsonaro mantém rotina política enquanto aguarda cumprimento de pena de 27 anos.

Em contagem regressiva para a prisão após ser condenado pela trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa os dias ainda exercendo seu papel de líder da direita, principalmente na articulação com seus aliados, e projetando os próximos passos na política. A ideia é deixar a “casa arrumada”, uma vez que se aproxima o momento em que começará a cumprir a pena de 27 anos e 3 meses de prisão.

Mas a rotina na prisão domiciliar, onde está desde o início de agosto, não é feita só de política. Bolsonaro passa boa parte de seu tempo na internet assistindo a vídeos no YouTube. Quando não, ele assiste a alguns canais da TV aberta. Entre os conteúdos que o ex-presidente gosta de consumir, estão partidas de futebol.

Saúde e desafios

Pessoas próximas do ex-presidente relatam que ele está abatido nos últimos dias com a situação. O ex-chefe do Planalto também segue bastante incomodado com a saúde, devido a crises de soluços intensas, e faz uso de medicamentos. Além disso, ele pensa sobre as poucas possibilidades que lhe restam após a condenação, acreditando que irá cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, mas espera reverter a prisão para domiciliar devido à sua saúde, que está abalada.

Embargos no STF

Nesta segunda-feira (28/10), os advogados de defesa do ex-mandatário ingressaram no Supreme Tribunal Federal (STF) com embargos. No documento, eles pedem a revisão da pena, sob a alegação de que a condenação é “injusta e equivocada”. A defesa argumenta que o acórdão não considerou pontos cruciais e essenciais para a argumentação de defesa, como a alegação da incidência do instituto da chamada ‘desistência voluntária’.

Julgamento marcado

A Primeira Turma do STF agendou para o período de 7 e 14 de novembro o julgamento dos recursos das defesas dos réus do núcleo 1 da trama golpista, que inclui Bolsonaro e mais sete aliados. O julgamento será realizado em plenário virtual.

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