A prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reverberou intensamente na mídia internacional. Jornais e portais de notícias de diversos países noticiaram a medida, enfatizando o alegado descumprimento de ordens judiciais e o contexto das investigações em curso contra o ex-chefe do Executivo.
Na Europa, o jornal espanhol El País destacou a notícia em sua manchete, informando que Bolsonaro “enfrenta julgamento por suposta conspiração para cometer um golpe de Estado”. A Al Jazeera, do Catar, também deu grande visibilidade ao caso, ressaltando que a decisão foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares previamente estabelecidas.
Nos Estados Unidos, o The Wall Street Journal noticiou que o ex-presidente teria desacatado uma ordem judicial. O The Washington Post, por sua vez, relembrou que Bolsonaro será julgado por suposta tentativa de golpe após sua derrota nas eleições de 2022, um ponto central nas análises internacionais sobre o caso.
Na América do Sul, o canal argentino Todo Notícias também repercutiu a decisão, enfatizando as restrições impostas a Bolsonaro. Entre elas, a proibição de receber visitas sem autorização prévia do STF, com exceção de seus advogados, conforme detalhado na decisão do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com o ministro, Bolsonaro teria violado determinações judiciais ao produzir conteúdo para as redes sociais de seus filhos, aliados e apoiadores. Antes da prisão domiciliar, o ex-presidente já estava sujeito a medidas como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o país e recolhimento domiciliar noturno.