A decisão visa manter o foco na notícia, não nos apresentadores.
Boni, ex-diretor da Globo, explica a proibição de roupas chamativas para manter o foco nas notícias.
A proibição de roupas e acessórios chamativos na TV Globo, estabelecida em 1993 por Boni, ex-diretor da emissora, continua a gerar discussões sobre sua eficácia e relevância nos dias de hoje. A norma foi criada com o intuito de evitar que o foco do público se desviasse da notícia, priorizando a informação em vez da aparência dos apresentadores.
O surgimento da norma
Boni, que fez parte da equipe da Globo por várias décadas, explicou em um vídeo recente que a ideia de proibir roupas chamativas remonta aos tempos do teatro. Ele mencionou que, se um ator em uma cena medieval utiliza um acessório muito chamativo, isso pode distrair o público do texto e da mensagem que está sendo transmitida. Essa lógica se aplica ao jornalismo, onde o essencial é a notícia.
A norma, embora ainda vigente, é aplicada com menos rigor atualmente. O ex-diretor reforçou que a essência da notícia deve ser preservada, e que elementos decorativos só servem para criar distrações indesejadas. “O importante não é quem apresenta a notícia, mas sim a notícia em si”, afirmou Boni.
Detalhes da proibição
Um dos trechos do memorando de 1993 explicava claramente as restrições: “Trajes e adereços usados por nossos repórteres e apresentadores de notícias: é proibido o uso de ternos, blusas e camisas, e vestidos com padronagens estampadas ou listradas”. Além disso, o uso de joias e bijuterias deve ser discreto, sem refletir luz ou chamar a atenção, garantindo que o foco permaneça nas informações apresentadas.
A decisão de Boni reflete uma preocupação com a integridade da informação e a apresentação adequada dos conteúdos jornalísticos. Em um cenário onde a imagem pode facilmente sobrepor a mensagem, essa norma se mostra uma tentativa de manter a seriedade e a credibilidade da emissora.
A atualidade da norma
Embora a proibição tenha sido mais rigorosa no passado, a aplicação da norma hoje parece estar mais flexível. No entanto, a essência da mensagem de Boni permanece relevante: o jornalismo deve ser sobre a verdade e a informação, não sobre o glamour dos apresentadores. Essa abordagem é crucial em uma era em que a atenção do público é constantemente disputada por diversas fontes de entretenimento e informação.
A discussão sobre a proibição de roupas chamativas na TV Globo traz à tona questões importantes sobre a apresentação da informação na mídia, e como a estética pode influenciar a percepção do público sobre o que realmente importa. Ao final, o que se espera é que a notícia sempre prevaleça sobre a aparência.
Fonte: portalleodias.com
Fonte: TV Globo)