William Bonner se prepara para sua despedida do “ Nacional” nesta semana, após quase 30 anos à frente do telejornal noturno da . A transição, que já estava sendo planejada, culminará com a chegada de César Tralli para dividir a bancada com Renata Vasconcellos.
A trajetória de Bonner no JN se destaca não apenas pela sua longa permanência, somando 29 anos na apresentação e 26 como editor-chefe, mas também por sua habilidade em conduzir a escalada do telejornal, a abertura que prepara o público para as principais notícias do dia. Sua assinatura editorial e a mudança de postura que implementou no telejornal marcaram a memória dos telespectadores brasileiros.
Ao longo de sua carreira, Bonner esteve à frente de coberturas marcantes, como a dos atentados de 11 de setembro de 2001. Naquele dia, o “ Nacional” interrompeu sua programação para informar sobre os ataques, com uma edição especial que alcançou 74% de audiência.
Outro momento de grande impacto foi a despedida do jornalista Tim Lopes, em 2002. Após a confirmação de sua morte, o telejornal dedicou cerca de 25 minutos para homenageá-lo, com Bonner lendo um texto emocionante e a equipe aplaudindo o colega ao vivo.
Em 2006, Bonner inovou ao apresentar o telejornal em um link ao vivo com o astronauta Marcos Pontes, durante a Missão Centenário na Estação Espacial Internacional (ISS).
A cobertura do sequestro e morte de Eloá Pimentel, em 2008, também foi um momento marcante, rendendo ao JN uma indicação ao Emmy Internacional. Após o trágico desfecho, o telejornal aprofundou a cobertura com reportagens especiais.
Em 2016, o “ Nacional” acompanhou de perto o processo de impeachment de Dilma Rousseff, com Bonner à frente das edições que acompanharam as votações e decisões do Senado. No dia 17 de abril, o JN suspendeu sua programação normal e dedicou 491 minutos consecutivos ao processo. O ano também foi marcado por plantões intensos devido a outros eventos, como a tragédia com a Chapecoense.