Bradesco retorna ao trabalho presencial para funcionários de duas áreas em 2026

A medida afetará quase 900 colaboradores e responde a novas diretrizes operacionais

Bradesco determina retorno ao trabalho presencial para quase 900 funcionários em 2026, segundo o sindicato.

Bradesco anuncia retorno ao trabalho presencial em 2026

Em um movimento significativo, o Bradesco (BBDC4) determinou que quase 900 funcionários de duas áreas voltam ao trabalho presencial a partir de janeiro de 2026. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, em resposta ao comunicado enviado pelo banco. Essa mudança será aplicada principalmente ao departamento de investimentos, onde 844 funcionários devem retomar suas atividades exclusivamente em escritório a partir de 2 de janeiro de 2026.

A decisão do Bradesco é parte de uma estratégia que visa um melhor gerenciamento da rotina de trabalho, alinhando as operações internas às diretrizes de liderança de cada setor. O banco ressaltou, em nota, que busca um balanceamento entre o trabalho remoto e presencial, focando na produtividade e no bem-estar de seus colaboradores. Com cerca de 50% de seus mais de 82 mil funcionários já atuando de maneira híbrida, o retorno ao ambiente físico pode afetar diretamente a dinâmica de algumas equipes.

O sindicato informou ainda que a decisão respeita o prazo estipulado pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que exige que os trabalhadores sejam notificados previamente sobre alterações em seus regimes de trabalho. Assim, o Bradesco compromete-se a assegurar que haja espaço suficiente para acomodar todos os funcionários de forma adequada, garantindo as condições necessárias para que possam desempenhar suas funções.

Reações dos trabalhadores

A medida, no entanto, não agradou a todos. Vanderlei Alves, diretor do Conselho Fiscal do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Bradesco, expressou a insatisfação de muitos colaboradores da tesouraria. Ele observou que diversos funcionários preferiam continuar com a flexibilidade do trabalho remoto, que lhes permitia trabalhar a partir de qualquer local, sem a necessidade de bater ponto. A impressão é de que o banco busca revertê-los para um controle mais rigoroso sobre suas atividades, o que contraria a autonomia que muitos vinham desfrutando.

Na última quarta-feira, 3, o sindicato também noticiou que o home office foi encerrado para uma das diretorias da tesouraria, afetando 50 colaboradores a partir de 5 de janeiro de 2026. Esta sequência de decisões sugere uma mudança de postura do Bradesco frente a um modelo de trabalho mais tradicional, especialmente em um momento em que outras instituições financeiras, como o Nubank, também estão revisando seus modelos de operação.

Contexto do setor

Em um panorama mais amplo, a decisão do Bradesco acontece em meio a uma onda de mudanças nas políticas de trabalho em instituições financeiras. O Nubank, por exemplo, anunciou que passará de um modelo majoritariamente remoto para um formato híbrido em 2024, gerando reações mistas entre seus funcionários. O fundador e CEO da instituição, David Vélez, enfrentou críticas durante uma apresentação ao vivo quando trabalhadores expressaram seu descontentamento com as novas orientações de trabalho, resultando em demissões subsequentes. Essa tendência reflete uma batalha contínua entre a busca por eficiência nas operações bancárias e a necessidade de atender às expectativas e ao bem-estar dos funcionários.

Essas movimentações no setor financeiro evidenciam um desafio crescente para as empresas em encontrar um modelo que equilibre o monitoramento de produtividade com a satisfação dos trabalhadores, especialmente em um cenário pós-pandemia que viu o teletrabalho tornar-se uma realidade para muitos.

Portanto, a decisão do Bradesco de retornar ao presencial pode ser observada não apenas como uma estratégia interna, mas também como parte de uma discussão maior sobre o futuro do trabalho nas finanças no Brasil.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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