Brasil lança plano de adaptação climática para a saúde na COP30

Reuters

Iniciativa visa enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde pública

Ministério da Saúde do Brasil apresenta plano inovador para enfrentar os desafios climáticos.

Brasil lança um plano inovador na COP30

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (13), em Belém, o primeiro Plano de Ação em Saúde voltado para a adaptação climática, uma iniciativa que visa enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde pública. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comentou sobre a urgência do plano ao relatar os efeitos devastadores do ciclone em Rio Bonito do Iguaçú, que resultou na destruição de cinco das seis unidades de saúde da região. Segundo Padilha, as reconstruções devem incorporar padrões que garantam a resiliência a futuras adversidades climáticas.

Ações práticas e exemplos de implementação

O ministro Padilha destacou também a importância dos barcos hospitais que operam em Belém, levando serviços de saúde para áreas ribeirinhas. Estes barcos são uma resposta às dificuldades enfrentadas por pessoas que aguardam cirurgias e exames em regiões afetadas pela seca, que são intensificadas pelas mudanças climáticas. O plano será apresentado em uma Reunião Ministerial de Clima e Saúde durante a COP30, onde líderes globais discutirão seu conteúdo e viabilidade.

Busca por recursos internacionais

“Com esse lançamento do plano, esperamos também captar mais recursos internacionais para financiar as iniciativas dos países”, afirmou Padilha. Ele ressaltou que as mudanças climáticas afetam desigualmente as populações, e, por isso, as ações precisam ser priorizadas nas áreas onde as evidências de necessidade são mais evidentes.

O impacto das mudanças climáticas na saúde

Esta iniciativa surge em um contexto de agravamento de eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, que têm pressionado os sistemas de saúde em todo o mundo. O aumento das temperaturas, por exemplo, tem contribuído para a proliferação de doenças como a dengue e está associado ao aumento da mortalidade por condições relacionadas ao calor e à qualidade do ar. Dados do Relatório Lancet Countdown América Latina 2025 indicam que desastres climáticos custaram à região cerca de US$ 19,2 bilhões em 2024, com o Brasil arcando com dois terços desse custo.

Vigilância e monitoramento eficazes

Considerar as influências climáticas é crucial para o desenvolvimento de sistemas de vigilância e monitoramento que atendam às necessidades das populações mais vulneráveis. O plano propõe a criação de políticas e estratégias embasadas em evidências, fortalecendo a capacidade local e nacional para lidar com emergências de saúde. A participação de diversos setores da sociedade é fundamental para garantir uma abordagem integrada e eficaz.

Inovação e saúde digital

Um dos pilares do plano é estimular a pesquisa e inovação na saúde, desenvolvendo tecnologias e práticas que atendam às necessidades da população. Ao integrar ciência e saúde, o Brasil espera não apenas enfrentar os desafios atuais, mas também se preparar para as demandas futuras geradas pelas mudanças climáticas.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Reuters

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: