Bridgestone clama por equidade no mercado de pneus

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Executivo destaca desafios enfrentados pela indústria nacional

A Bridgestone solicita ao governo brasileiro medidas para equilibrar a competição com produtos asiáticos no mercado de pneus, que enfrenta um crescimento das importações.

Em São Paulo, 29 de outubro de 2025, a Bridgestone, por meio de seu country manager Lafaiete Oliveira, solicitou ao governo brasileiro a adoção de medidas que promovam a equidade no mercado de pneus. Este apelo surge em um contexto preocupante, onde as vendas de pneus nacionais atingiram o menor patamar desde 2013, enquanto as importações de produtos asiáticos aumentam.

Cenário atual da indústria de pneus

Dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) revelam que a balança comercial do setor apresenta um déficit de US$ 880,3 milhões em 2024, com importações saltando para 54 milhões de unidades, contra apenas 11,6 milhões de unidades exportadas. Oliveira enfatizou que a diferença de preços é alarmante, com pneus chineses sendo até 60% mais baratos que os produtos brasileiros. Ele alertou sobre a necessidade de medidas de proteção, citando que outros países, como os EUA e o México, implementam barreiras para proteger suas indústrias.

Desafios enfrentados

Além da pressão das importações, a Bridgestone enfrenta o desafio de manter a competitividade em um mercado que se torna cada vez mais desigual. Oliveira destacou que os fabricantes nacionais, como a Bridgestone, têm obrigações ambientais que não são exigidas das importadoras. “Só em reciclagem, os associados da ANIP investem R$ 100 milhões por ano”, disse. A empresa possui quatro fábricas no Brasil e tem investido R$ 2 bilhões nos últimos dois anos para modernizar suas operações.

Perspectivas futuras

Oliveira também abordou a questão do financiamento para a compra de pneus, especialmente para caminhoneiros autônomos, afirmando que é crucial encontrar soluções que permitam aos clientes adquirir produtos de qualidade sem comprometer a segurança. A empresa planeja continuar sua trajetória de crescimento, concentrando-se em setores como mineração, agronegócio e construção civil, que demandam pneus robustos e de alta qualidade. “O Brasil tem muito potencial, e estamos comprometidos em fazer a indústria pneumática prosperar por aqui”, concluiu.

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