Especialistas defendem que arte, jogos e atividades coletivas são aliados importantes para o bem-estar das novas gerações
No Setembro Amarelo, a saúde mental das crianças e adolescentes ganha destaque nas discussões. O tema, muitas vezes associado apenas ao uso excessivo de telas, é mais complexo e exige olhares cuidadosos para os desafios enfrentados pelas novas gerações.
Para a coordenadora de língua portuguesa do Colégio Marista Anjo da Guarda, Luci Benevento Serricchio, é preciso repensar a forma como sociedade e escola lidam com o assunto. Ela ressalta que, embora o acompanhamento médico e o uso de medicamentos sejam fundamentais em muitos casos, também é importante considerar alternativas que complementem esse cuidado e contribuam para o bem-estar integral dos estudantes.
“Hoje há um número significativo de crianças que recebem acompanhamento para questões como comportamento, déficit de atenção, ansiedade, depressão e tantas outras situações. Esse apoio é essencial, mas pode trazer desafios para professores e coordenadores, que precisam lidar com diferentes demandas dentro da sala de aula”, explica.
Segundo ela, alternativas saudáveis podem estar em práticas simples, como o esporte, os jogos coletivos e, sobretudo, as manifestações artísticas. “Diferenças de gerações sempre houve, mas a vida muda, a ciência progride, a tecnologia avança e as novas gerações acompanham essa evolução”, ressalta.
A arte como aliada do bem-estar
Atividades como leitura, música, dança, teatro, pintura e cinema estimulam a criatividade, favorecem o autoconhecimento e fortalecem vínculos afetivos. Para Luci, a arte tem um papel central na promoção da saúde mental e no desenvolvimento humano.
A diretora do Colégio Marista Anjo da Guarda, Dani Barrichello, reforça essa visão ao destacar o poder transformador da arte. “É importante fazer a alma pairar na beleza do que move os espíritos e faz acalmá-los ou agitá-los para outras bandas, penso que a Arte cura”, afirma.
O papel da escola e da família
A escola pode atuar como espaço de convivência e experimentação, oferecendo momentos de socialização longe das telas e estimulando a imaginação e a fantasia. Jogos de tabuleiro, brincadeiras tradicionais e esportes coletivos são exemplos de práticas que fortalecem laços e ampliam a sensação de pertencimento entre estudantes.
‘‘A mobilização conjunta de educadores e famílias é essencial para garantir a formação de crianças e adolescentes mais saudáveis, no corpo e na mente’’, finaliza Serricchio.
Fonte e foto: Assessoria de Imprensa.