Buracos negros revelam fusões surpreendentes

Carl Knox, OzGrav, Universidade de Tecnologia de Swinburne

Estudo recente destaca a formação de buracos negros a partir de colisões

Um estudo recente revelou a formação de buracos negros a partir de colisões, trazendo novas perspectivas sobre a astrofísica.

Estudo recente destaca a formação de buracos negros a partir de colisões, com a detecção de dois buracos negros recém-formados, ocorrendo em 11 de outubro de 2024 e 11 de novembro de 2024, a partir da fusão de outros buracos. Essas fusões geraram ondas gravitacionais que foram captadas pelos observatórios LIGO, Virgo e KAGRA, oferecendo novas perspectivas na astrofísica.

Detecção de eventos e suas características

O primeiro evento, identificado como GW241011, ocorreu a cerca de 700 milhões de anos-luz da Terra, resultando da fusão de um buraco negro com 17 massas solares e outro com aproximadamente sete. O segundo evento, GW241110, ocorreu a 2,4 bilhões de anos-luz de distância, com buracos negros de 16 e oito massas solares. A velocidade de rotação do buraco negro maior em GW241011 foi considerada excepcional, uma das mais rápidas já observadas.

Implicações para a teoria da relatividade

Os eventos são descritos como “laboratórios naturais” que permitem testar leis fundamentais da física, especialmente a teoria da relatividade geral de Einstein. A rotação rápida do buraco negro no evento GW241011 gera pequenas deformações em sua estrutura que deixam marcas nas ondas gravitacionais, confirmando previsões teóricas. Além disso, a detecção do fenômeno conhecido como “zumbido harmônico superior” reforça a validade da teoria da relatividade em condições extremas.

Crescimento e formação dos buracos negros

Os buracos negros observados pertencem à segunda geração, indicando que cresceram a partir de fusões anteriores, um processo chamado de fusão hierárquica. Essa formação é mais provável em regiões densas do cosmos, onde há maior chance de colisões. Os eventos detectados são considerados raros e oferecem evidências de que a fusão hierárquica realmente ocorre, ajudando a entender melhor a formação de buracos negros.

Conclusões e futuras pesquisas

Essas descobertas têm potencial para responder perguntas fundamentais na física de partículas, como a existência de bósons ultraleves. O fato de o buraco negro em GW241011 ainda estar girando rapidamente sugere que certas massas para essas partículas podem ser descartadas. O estudo destaca a cooperação internacional entre observatórios como essencial para o avanço da compreensão sobre buracos negros e as leis da física. Com a melhoria da sensibilidade dos detectores, novas observações devem surgir, aprofundando nosso entendimento sobre a origem dos buracos negros e a estrutura do Universo.

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