Sobrevoos de jatos de combate aumentam as ameaças na América Latina

Tensão no Caribe aumenta com sobrevoo de caças F-18 dos EUA na Venezuela.

Caças F-18 EUA sobrevoam o Golfo da Venezuela aumentando a tensão

No dia 10 de dezembro de 2025, caças F-18 da Marinha dos EUA realizaram sobrevoos no Golfo da Venezuela, intensificando a tensão na região. Esses voos ocorreram a uma altitude de cerca de 26 mil pés, ou 8 km, e tiveram duração inferior a uma hora. O evento foi monitorado pelo site FlighRadar24, especializado na rastreabilidade de voos ao redor do mundo.

Durante o mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, dirigiu novas ameaças a Nicolás Maduro, líder da Venezuela. Em entrevista ao site Politico, Trump declarou que os dias de Maduro na presidência estão contados, evidenciando uma postura agressiva em relação ao governo venezuelano. Até o momento, o governo da Venezuela não respondeu a essas provocações.

Contexto militar e político dos EUA na região

A presença militar dos EUA na América Latina e no Caribe foi reforçada nas últimas semanas, com deslocamento de navios de guerra e caças para a área. Essa ofensiva foi determinada por Trump em agosto, quando os primeiros navios começaram a ser enviados para a região. Subsequentemente, a frota norte-americana foi reforçada com caças F-35 e até mesmo um submarino nuclear, além do porta-aviões USS Gerald R. Ford.

O Pentágono anunciou a operação militar denominada “Lança do Sul”, que começou no início de novembro e visa combater o tráfico de drogas operado por cartéis na região. Até o momento, 23 embarcações foram atacadas em águas caribenhas e no Oceano Pacífico, destacando a seriedade das operações, que são justificadas por Washington como uma luta contra o narcotráfico.

Acusações contra Nicolás Maduro

Um dos principais alvos dessa escalada de tensão é Nicolás Maduro, que é identificado por autoridades dos EUA como o líder do cartel de Los Soles, uma das principais organizações de tráfico de drogas para os Estados Unidos. As ameaças lançadas por Trump e a presença militar crescente são vistas como parte de uma estratégia para desestabilizar o governo venezuelano.

A situação no Caribe e na América Latina é volátil, e a resposta da Venezuela às ações dos EUA será observada com atenção. Por enquanto, o clima de incerteza e tensão só aumenta, refletindo uma dinâmica complexa entre os dois países.

A reação internacional também será um fator importante, já que a comunidade global observa de perto as movimentações dos EUA e as responsabilizações dirigidas a Maduro. Enquanto isso, o presidente venezuelano permanece sob pressão interna e externa, com a possibilidade de um agravamento da crise política no país.

Considerações finais

O sobrevoo dos caças F-18 representa não apenas uma demonstração de força militar, mas também uma mensagem clara sobre as intenções dos EUA na região. A resposta de Maduro e o futuro das relações entre a Venezuela e os Estados Unidos permanecem incertos, mas a escalada de ações pode resultar em consequências drásticas para ambos os lados.

Fonte: www.metropoles.com