Decisão libera aporte de R$ 10 bilhões pela BTG e Perfin
O Cade aprovou a subscrição de ações da Cosan (CSAN3) por fundos do BTG e do Perfin, injetando R$ 10 bilhões na empresa.
Na noite de 30 de setembro de 2025, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aval à subscrição de ações da Cosan (CSAN3) por fundos do BTG Pactual e do Perfin, permitindo um aporte significativo de R$ 10 bilhões na empresa. Agora, a decisão aguarda o cumprimento do prazo legal de 15 dias antes de ser efetivada.
Impacto do aporte na estrutura da Cosan
O anúncio da operação gerou grande movimentação no mercado, especialmente considerando que a Cosan, controlada por Rubens Ometto, tem enfrentado um alto endividamento, acumulando dívidas de R$ 23,5 bilhões e um prejuízo de R$ 9,4 bilhões no último ano, com receita anual de R$ 44 bilhões. Durante coletiva de imprensa, Rodrigo Araujo, CFO da Cosan, afirmou que os recursos serão utilizados exclusivamente para fortalecer a estrutura de capital da empresa, sem destinação para a Raízen (RAIZ4).
Detalhes da operação
A capitalização ocorrerá por meio de dois follow-ons. O primeiro terá uma oferta-base de R$ 7,25 bilhões, totalmente subscrita pelo consórcio de investidores, além de uma hot issue de R$ 1,81 bilhão, destinada apenas à base acionária atual. Os investidores que participarem do primeiro follow-on receberão 50% das ações subscritas, com um lock-up de 2 anos. O segundo follow-on terá um valor de até R$ 2,75 bilhões, com alocação discricionária após a oferta prioritária aos acionistas atuais.
Considerações finais
Com a aprovação do Cade, a Cosan dá um passo importante para reestruturar sua situação financeira e fortalecer suas operações no mercado. A manutenção do controle acionário pela Aguassanta, que possui 50,01% das ações, garante a continuidade da gestão da empresa sob a liderança de Rubens Ometto.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								