Café arábica recua para mínima em quase três meses

17/12/2025
18:41

Cenário de mercado impacta preços do café e soja em Chicago.

Os contratos futuros do café arábica na bolsa ICE atingem mínimas devido a vendas no Brasil, enquanto soja e açúcar também caem.

Impactos no mercado de café

Os contratos futuros do café arábica na bolsa ICE atingiram mínimas de quase três meses nesta quarta-feira, com os preços caindo para US$3,474 por libra-peso, um recuo de 1,3%. Essa queda é atribuída à retomada das vendas de exportação no Brasil, que é o maior produtor mundial do grão, e a uma perspectiva otimista para a safra do próximo ano. Os cafeicultores estão sob pressão para fixar os preços, impulsionados por condições climáticas favoráveis no país.

O cenário do açúcar e do cacau

Além do café, o açúcar bruto também registrou perdas, caindo a 14,76 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o cacau teve uma leve queda em Nova York. O mercado de cacau permanece atento à produção na Costa do Marfim, o maior produtor, com previsões de superávit abaixo do esperado para a temporada 2025/26.

Queda nos preços da soja

Os contratos futuros de soja na bolsa de Chicago encerraram em baixa pela quarta sessão consecutiva, com a soja para janeiro caindo para US$10,5825 por bushel. Apesar das vendas de exportação para a China, os operadores estão se desfazendo de posições antes das festas de fim de ano. Essa dinâmica reflete a atenção constante dos agricultores e comerciantes dos EUA em relação à demanda chinesa por produtos agrícolas, especialmente após a recente trégua comercial entre os líderes dos dois países.

Expectativas para o trigo e o milho

Os contratos futuros de trigo também caíram, atingindo mínimas em oito semanas, devido a uma ampla oferta e ao progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Em contrapartida, os preços do milho apresentaram uma leve alta, impulsionados pela demanda de exportação e análises técnicas que atraem compradores. Essa volatilidade no mercado agrícola mostra a interconexão entre oferta, demanda e fatores geopolíticos, que continuam a moldar os preços das commodities.