A safra de café brasileira deve alcançar 55,2 milhões de sacas em 2025, de acordo com estimativas. Este número representa um aumento de 1,8% em relação à produção de 2024.

O levantamento aponta para uma recuperação de 3% na produtividade das lavouras, elevando a média nacional de 28,8 sacas por hectare em 2024 para 29,7 sacas por hectare em 2025. A área em produção está estimada em 1,86 milhão de hectares, com uma redução de 1,2% em comparação com o ano anterior. Em contrapartida, a área em formação registra um aumento significativo de 11,9%, podendo atingir 395,8 mil hectares.

A área total destinada à cafeicultura em 2025, incluindo as espécies arábica e conilon tanto em produção quanto em formação, é de 2,25 milhões de hectares, um crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior.

A produção de café arábica está estimada em 35,2 milhões de sacas, representando uma redução de 11,2% em relação à safra anterior. Essa queda é atribuída ao ciclo de baixa bienalidade e à diminuição da área em produção. Minas Gerais, o principal estado produtor, concentra a maior área de cultivo de arábica, com 1,38 milhão de hectares, equivalente a 75,2% da área nacional. A produção mineira é estimada em 24,7 milhões de sacas, uma redução de 10,8% em relação à safra anterior, influenciada pela bienalidade negativa e por um longo período de seca.

Já a produção de conilon está estimada em 20,1 milhões de sacas, um aumento de 37,2% em relação à safra anterior. Este resultado é atribuído à melhor regularidade climática durante as fases críticas das lavouras e à boa formação de frutos, especialmente no Espírito Santo, responsável por 69% da produção nacional de conilon. No estado, espera-se uma colheita de 13,8 milhões de sacas, um incremento de 40,3% em relação à safra anterior, impulsionado pelas boas precipitações no norte do estado.

No acumulado de janeiro a julho de 2025, o Brasil exportou 23,7 milhões de sacas de café, uma redução de 16,4% em comparação com o mesmo período de 2024. Apesar da queda, este volume é o terceiro maior já registrado no país para o período. A redução nas exportações já era esperada, devido à restrição dos estoques internos após o recorde de exportação em 2024 e à limitação da produção de arábica.

No mesmo período, a exportação brasileira de café somou cerca de US$ 9 bilhões, um aumento de 44,1% em comparação com o mesmo período de 2024. Este é o maior valor já registrado para o período, impulsionado pela alta dos preços internacionais do café.