Cafés proibidos: conheça seis marcas de bebida sabor café bloqueadas pela Anvisa

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Entenda as irregularidades que levaram à suspensão de marcas de café no Brasil

Seis marcas de bebida sabor café foram proibidas pela Anvisa por irregularidades na produção e comercialização.

Bebidas sabor café: Alerta da Anvisa sobre irregularidades e marcas proibidas

Em um cenário onde o brasileiro consome, em média, 1.430 xícaras de café por ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão da comercialização de várias marcas de bebidas sabor café. Este alerta vem em um momento em que a qualidade do café no Brasil está sob escrutínio, devido a sérias irregularidades encontradas em algumas marcas.

No início de outubro, a Anvisa interditou o Vibe Coffee, produzido no Espírito Santo. O órgão apontou diversas falhas de fabricação e a falta de licença sanitária como motivos para a suspensão. Além do Vibe Coffee, outras cinco marcas foram proibidas em 2025, totalizando seis marcas sob investigação. As marcas são:

  • Melissa (“pó para preparo de bebida sabor café”) – junho/2025;
  • Pingo Preto (“pó para preparo de bebida sabor café”) – junho/2025;
  • Oficial do Brasil (“bebida sabor café”) – junho/2025;
  • Café Câmara – setembro/2025;
  • Fellow Criativo, da Cafellow (“pó para preparo de café”) – outubro/2025.

Essas proibições revelam uma tendência preocupante no mercado de café e bebidas sabor café, onde a segurança do consumidor pode estar em risco. O surgimento do termo ‘cafake’ se tornou um fenômeno nas redes sociais, referindo-se a produtos que imitam a aparência, o aroma e o sabor do café, mas que não são puros.

O que caracteriza um ‘cafake’ e como sua popularidade cresceu

Com o aumento de 39,6% no preço do café em 2024, muitos consumidores têm buscado alternativas mais baratas, o que abriu espaço para a proliferação de produtos falsificados. Segundo a Abic, esses ‘cafakes’ são compostos por misturas com impurezas, como cascas, mucilagem, pau, pedra e palha, que não possuem registro na Anvisa.

A situação é ainda mais alarmante quando a Anvisa constatou a presença de materiais prejudiciais nos produtos, como “lixo de lavoura”, fragmentos de vidro e até a toxina ocratoxina A (OTA). Além disso, houve a falsificação do selo de pureza da Abic e a inclusão de extratos de cogumelos com propriedades duvidosas.

Impacto das proibições no mercado de café

As proibições não se limitam apenas aos cafés comuns; até os produtos gourmet estão sob investigação. O Vibe Coffee, por exemplo, comercializava pacotes de 100 a 250g por preços que chegavam a 170 reais. Em resposta às acusações, a marca divulgou uma nota nas redes sociais, alegando que a inspeção foi solicitada pela própria empresa e que está em processo de regularização. Contudo, o site da empresa permanece fora do ar.

Para ser reconhecido como café, o produto deve conter apenas grãos torrados. A Abic recomenda que os consumidores fiquem atentos a quatro aspectos:

  • Variedade: verificar a espécie e a porcentagem de grãos (Arábica, Robusta, Conilon);
  • Grau de torra: o nível (claro, médio ou escuro) deve estar indicado;
  • Moagem: deve constar se é “torrado em grãos” ou “torrado e moído”;
  • Tipo: produtos “fora do tipo” podem não seguir os padrões mínimos, incluindo o teor de cafeína.

Considerações finais: a importância da fiscalização

A crescente demanda por café e a busca por alternativas mais acessíveis destacam a necessidade de uma fiscalização eficaz no setor. As recentes proibições da Anvisa ilustram a importância de garantir que os produtos comercializados sejam seguros e de qualidade. Com a popularização do termo ‘cafake’, é crucial que os consumidores estejam bem informados e atentos às marcas que escolhem. A vigilância contínua das autoridades é essencial para proteger a saúde pública e a integridade do mercado de café no Brasil.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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