Contratações revelam vínculos familiares e políticos dentro da presidência da Caixa.
Contratações na presidência da Caixa incluem ex-mulher de ministro e familiares de políticos, gerando polêmica.
Caixa Econômica contrata assessores com vínculos políticos
A presidência da Caixa Econômica Federal emprega assessores ligados a políticos e familiares de autoridades, incluindo a filha de um deputado, o irmão de um prefeito e a ex-esposa de um ministro do STF. A divulgação da lista ocorreu após pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) e determinação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Vínculos familiares e políticos
Entre os 15 consultores que não são servidores de carreira da estatal, estão a filha do deputado federal Wilson Santiago (Republicanos-PB) e a ex-esposa do ministro do STF Kassio Nunes Marques. Os consultores recebem salários próximos a R$ 40 mil, embora a Caixa não tenha confirmado oficialmente os valores. A estatal resistiu em divulgar a lista, alegando risco à segurança dos assessores, mas a CGU considerou os argumentos inválidos.
Mudanças na equipe
A presença de assessores politicamente ligados se refletiu em movimentações recentes, como a demissão de José Trabulo Junior, indicado pelo presidente do PP, Ciro Nogueira, após a derrota de uma medida provisória. A Caixa enfatizou que as nomeações seguem normas internas de governança e integridade, adotando mecanismos rigorosos para identificar potenciais conflitos de interesse.
Repercussão e críticas
A situação gerou debates sobre a transparência e a ética nas contratações públicas. A lista de consultores ainda inclui nomes relevantes da política, que têm histórico de atuação em gabinetes parlamentares. A Caixa reafirma seu compromisso com a conformidade às normas e valores da empresa pública, mas a situação continua sob a lupa da sociedade.