Câmara de Curitiba aprova cidadania honorária para Toni Reis

06/11/2025
07:32

Votação gera debates sobre ativismo e direitos humanos

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou a cidadania honorária a Toni Reis em meio a debates acalorados sobre ativismo.

Na quarta-feira (5), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, em segundo turno, a concessão do título de Cidadão Honorário de Curitiba a Toni Reis, educador e ativista LGBTI+. A proposta, de autoria da vereadora Laís Leão (PDT), recebeu 17 votos favoráveis e 10 contrários, confirmando a homenagem concedida anteriormente com 23 votos sim, na presença de Toni Reis em plenário.

Debate acalorado sobre ativismo

O pedido de reavaliação da homenagem partiu de Guilherme Kilter (Novo), que argumentou que a entidade presidida por Toni Reis, a Aliança Nacional LGBTI+, utiliza instrumentos judiciais para influenciar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Kilter apresentou exemplos de ações que contestam leis locais, afirmando que isso compromete a autonomia legislativa.

Defesa da homenagem

Em resposta, a vereadora Laís Leão defendeu a homenagem destacando a relevância de Toni Reis para Curitiba e sua trajetória dedicada à inclusão e ao respeito. Ela enfatizou que a Aliança Nacional LGBTI+ é uma organização sem fins lucrativos que atua na defesa dos direitos humanos e que as ações judiciais visam questões constitucionais, não militância partidária.

Impacto na imagem institucional

Pier Petruzziello (PP) pediu cautela e ressaltou que reverter a homenagem poderia ser interpretado como preconceito. Ele elogiou o trabalho de Reis, afirmando que ele promove o respeito e salva vidas. O debate no plenário refletiu a pluralidade de ideias e a importância do reconhecimento público a quem contribui para a sociedade, independente de ideologia.
Outros vereadores, como Camilla Gonda (PSB) e Giorgia Prates (PT), também defenderam a aprovação, ressaltando que decisões judiciais são parte do controle de constitucionalidade e que o ativismo de Reis é corajoso em um país onde os direitos da comunidade LGBTI+ ainda enfrentam desafios significativos.

Fonte: nossodia.com.br