Câmara dos EUA aprova histórico projeto de lei de defesa de US$ 901 bilhões

/Mark Schiefelbein

Medida autoriza aumento significativo nos gastos militares e reforça compromisso com a Europa

A Câmara dos EUA aprova um projeto de lei de defesa de US$ 901 bilhões em meio a controvérsias e oposição.

Aprovada a significativa proposta de defesa nos EUA

Na quarta-feira, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei de defesa, conhecido como National Defense Authorization Act (NDAA), com um orçamento recorde de US$ 901 bilhões. A medida, que supera a solicitação de US$ 893 bilhões feita pelo presidente Donald Trump em maio, busca fortalecer a posição militar dos EUA frente a potências como China e Rússia.

A votação resultou em 312 votos a favor e 112 contra, refletindo um apoio bipartidário em um momento de crescente fricção entre o Congresso controlado pelos republicanos e a administração Trump sobre a gestão militar. A proposta, que abrange 3.086 páginas, inclui também aumentos salariais para as tropas e melhorias nas condições de habitação nas bases militares.

Medidas de apoio à Europa e combate à agressão russa

O projeto de lei reafirma o compromisso de Washington com a defesa da Europa, especialmente até a contrariedade provocada pela invasão russa da Ucrânia. O NDAA destina US$ 400 milhões em assistência militar à Ucrânia nos próximos dois anos e exige que o Pentágono mantenha pelo menos 76.000 tropas e equipamentos significativos na Europa, salvo consulta prévia aos aliados da OTAN.

Oposição e cortes de programas controversos

Enquanto o projeto foi amplamente apoiado, ele também deparou-se com críticas, especialmente em relação aos cortes de aproximadamente US$ 1,6 bilhões em programas voltados para diversidade, equidade, inclusão e iniciativas de combate às mudanças climáticas. A votação deste ano foi marcada por um clima mais tenso do que o habitual, refletindo as divisões políticas em andamento.

Demandas por maior transparência das ações da defesa

Uma das provisions mais notáveis do NDAA exige que o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, forneça relatórios mais claros sobre os ataques realizados pelo exército dos EUA em embarcações suspeitas de tráfico de drogas nos mares do Caribe e Pacífico. A medida, que pode impactar em até 25% do orçamento de viagens do Secretário, foi proposta após várias mortes em operações controversas iniciadas a partir da administração Trump.

A votação e futuros desdobramentos

Após a passagem do projeto pela Câmara, ele agora seguirá para o Senado, onde deve ser aprovado antes do recesso de férias dos legisladores. Logo após a aprovação no Senado, espera-se que Trump assine a lei. Este tipo de medida tem historicamente recebido apoio bipartidário, tendo sido aprovada anualmente desde 1961, um indicativo da importância que os EUA atribuem à segurança nacional.

Considerações finais sobre a segurança e a defesa nacional

O republicano Mike Rogers, presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara, defendeu que a medida é essencial para manter as forças armadas dos EUA em estado de prontidão. Por outro lado, o deputado democrata Adam Smith expressou que, apesar dos avanços, o projeto poderia ter sido mais rigoroso em controlar as ações da administração. Essa tensão entre os partidos continua a ser um ponto central nos debates sobre segurança e política externa nos EUA.

Fonte: www.aljazeera.com

Fonte: /Mark Schiefelbein

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