Ministro da Educação se pronuncia sobre polêmica de questões antecipadas
Camilo Santana afirma que a edição de 2025 do Enem não será anulada, apesar da polêmica com questões vazadas.
Na última sexta-feira (21/11), o ministro da Educação, Camilo Santana, reafirmou que a edição de 2025 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não será anulada, mesmo diante da polêmica gerada pela divulgação antecipada de questões em uma live no YouTube. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Santana buscou tranquilizar candidatos e seus familiares sobre a situação.
Santana classificou o incidente como “um caso de polícia”. A live, realizada por um universitário, apresentou pelo menos cinco questões que eram quase idênticas às que foram aplicadas na prova oficial. Consequentemente, três dessas questões foram anuladas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que acionou a Polícia Federal para investigar o caso.
De acordo com o ministro, a decisão de anular as questões foi “técnica, preventiva e baseada na isonomia”, visando assegurar que nenhum candidato fosse prejudicado. Ele enfatizou que, mesmo com a anulação, a nota final dos candidatos permanecerá inalterada devido ao modelo de correção adotado, que é a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Camilo Santana também destacou que a edição de 2025 do Enem contou com o maior aparato de segurança já implementado, com a presença de detectores de metal em todas as salas de prova, totalizando mais de 120 mil unidades. O exame mobilizou cerca de 585 mil pessoas para sua aplicação e recebeu quase 5 milhões de inscritos. Os dois gabaritos oficiais já foram divulgados e o resultado final do exame é esperado para janeiro de 2026.
As três questões que foram anuladas deixarão de ser consideradas na pontuação geral, representando apenas uma pequena fração dos 180 itens aplicados no exame. A anulação se deu em resposta à live de Edcley Teixeira, um estudante que oferece consultoria para vestibulandos. Ele alegou ter “adivinhado” os itens com base em padrões da prova e questões de exames anteriores, como o Prêmio Capes Talento Universitário.
O Inep repudiou a prática e acionou a Polícia Federal para investigar uma possível quebra de sigilo em relação ao caso. A situação gerou preocupação entre os candidatos, mas o ministro enfatizou que todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a integridade do exame e evitar que qualquer candidato seja prejudicado.
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