Campeonato de fisiculturismo natural em Curitiba gera polêmica por falta de organização e critérios de julgamento

O recente campeonato de fisiculturismo natural, “Natural muscle Christmas” realizado no último fim de semana, em Curitiba, acabou gerando grande discussão. Atletas e treinadores que participaram do evento relataram insatisfação com diversos aspectos da competição, especialmente no que diz respeito à organização, julgamento e ausência de protocolos antidoping.

De acordo com coaches que acompanharam seus atletas na disputa, houve inconsistência nos critérios adotados pelos árbitros. Alguns mencionaram que o feedback oferecido no pós-competição foi vago ou contraditório, gerando dúvidas sobre a imparcialidade ou clareza dos critérios usados.

A falta de testes antidoping também foi um dos motivos de indignação entre os participantes. Embora o evento tenha sido divulgado como uma competição “natural”, atletas afirmaram que nenhum procedimento de testagem foi realizado antes ou depois das apresentações. Para muitos competidores, essa ausência compromete a credibilidade da competição e abre espaço para desigualdade entre os participantes.

Nas redes sociais, diversos relatos reforçaram a frustração geral. Atletas mencionaram que se sentiram desrespeitados. As falhas na arbitragem, julgamentos realizados por pessoas sem experiência de palco e interferências externas que, segundo eles, acabam prejudicando não apenas o desempenho do atleta, mas também o trabalho dos coaches que se dedicam para preparar seus competidores.

Além disso, atletas relataram que o tempo destinado à análise de categorias com mais de quinze competidores foi de apenas poucos minutos, o que para eles, torna impossível um julgamento justo e aprofundado. Aos que estavam presente na competição, a sensação que fica, é de que decisões foram tomadas às pressas, sem a devida observação dos detalhes físicos que definem cada categoria.

Apesar de o fisiculturismo natural ter crescido nos últimos anos, participantes defendem que esse crescimento exige posicionamento e compromisso com melhorias. Para eles, não é mais possível aceitar processos que colocam em risco o mérito e o reconhecimento que cada atleta conquista com meses de preparação intensa. Segundo esses profissionais, o esporte precisa, e merece, ser tratado com seriedade, o que envolve organização sólida, regras claras, feedbacks adequados e julgamentos que reflitam o real desempenho apresentado no palco pelos atletas que buscam competir de forma justa.

No fim, o conjunto de relatos expõe um debate importante: a modalidade natural, que deveria simbolizar ética, igualdade e meritocracia, ainda enfrenta desafios estruturais que, segundo seus praticantes, precisam ser solucionados para que a evolução do esporte continue de forma sustentável e profissional.

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