Relatório do CTC indica impacto de condições climáticas adversas na produtividade
Produtividade da cana-de-açúcar do Centro-Sul caiu 4,9% na safra 25/26, segundo o CTC.
Cana-de-açúcar do Centro-Sul enfrenta queda significativa na safra 25/26
A produtividade da cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil, nas safras de 2025/26, está em declínio. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) divulgou que a produtividade média caiu 4,9%, estabelecendo um total de 74,7 toneladas por hectare. Esta situação reflete um ciclo produtivo afetado por fatores climáticos, como o tempo seco do ano passado, além de incêndios que devastaram áreas essenciais para a cana.
Impactos climáticos e incêndios afetam a safra
O ciclo 2025/26, que abrange o período de abril a março, sofreu severos impactos, principalmente devido a condições climáticas adversas. Focos de incêndio, que se tornaram frequentes em regiões canavieiras, complicaram ainda mais a produção. O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar do mundo, e a queda na produtividade pode ter implicações diretas na oferta e nos preços do produto no mercado internacional.
Qualidade do açúcar e produtividade
O relatório também apontou que a média do Açúcar Total Recuperável (ATR), que é um indicador essencial para a qualidade da cana-de-açúcar e sua eficiência na conversão em açúcar e etanol, foi estimada em 136,1 kg por tonelada de cana. Isso representa uma leve queda de 0,9% em comparação ao ano anterior. Este índice é um fator crucial para os produtores, pois a qualidade da cana pode influenciar significativamente os lucros.
Crescimento em novembro traz esperança
No entanto, em novembro, a produtividade média da cana aumentou para 63,3 toneladas por hectare, mostrando um crescimento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, o ATR aumentou 8,6%, atingindo 134,3 kg/t. Esses números trazem um alento aos produtores, sugerindo que pode haver recuperação após meses difíceis.
Comparação com dados anteriores
Em um panorama mais otimista, o CTC já tinha anunciado um crescimento de 4,3% na produtividade média em outubro, indicando uma possível tendência de recuperação ao longo da safra. Apesar das adversidades iniciais, os dados mais recentes mostram resiliência, mas a preocupação com os efeitos acumulados do tempo seco e dos incêndios ainda persiste entre os produtores.
Conclusão
A produtividade da cana-de-açúcar do Centro-Sul enfrenta um cenário desafiador na safra 25/26, mas os últimos dados também indicam sinais de recuperação. Os agricultores e autoridades do setor precisam monitorar continuamente as condições climáticas e implementar medidas de prevenção para proteger as lavouras de incêndios e minimizar os impactos de períodos secos. O futuro da produção de açúcar e etanol no Brasil dependerá fortemente dessas estratégias.
Fonte: www.moneytimes.com.br



