O número de casos de câncer colorretal diagnosticados em adultos com menos de 50 anos tem aumentado, e estudos recentes apontam que o rastreamento precoce pode estar ligado a muitos dos novos diagnósticos, embora não explique o aumento geral da doença.
Em 2018, as diretrizes americanas para rastreamento da doença foram atualizadas, recomendando que pessoas com risco médio comecem o rastreamento aos 45 anos, antecipando a recomendação anterior de 50 anos. Essa mudança está associada a um aumento recente nos diagnósticos de câncer colorretal em estágio inicial, mas não explica o crescimento geral da incidência entre adultos mais jovens, que começou em meados da década de 1990 e inclui casos em estágio avançado.
Especialistas investigam as causas desse aumento, considerando fatores como microplásticos e alimentos ultraprocessados. A detecção precoce de tumores que poderiam passar despercebidos foi facilitada pela redução da idade de rastreamento. No entanto, há a necessidade de identificar os determinantes por trás do aumento do câncer colorretal em indivíduos mais jovens.
Pesquisa recente revelou um aumento significativo na proporção de adultos americanos entre 45 e 49 anos que estão em dia com o rastreamento do câncer colorretal, passando de cerca de 20% em 2019-2021 para aproximadamente 34% em 2023. Outro estudo detectou um aumento na prevalência de diagnósticos de câncer colorretal em estágio inicial entre adultos de 45 a 49 anos.
Especialistas em saúde pública incentivam os adultos mais jovens a conhecerem os sinais de alerta e a realizarem o rastreamento quando elegíveis, visto que mais da metade das pessoas diagnosticadas com a doença antes dos 50 anos não se qualificam para o rastreamento por ainda não terem a idade recomendada.
Sintomas como sangramento retal, cólicas ou dores abdominais, mudanças persistentes nos hábitos intestinais, diminuição do apetite e perda de peso merecem atenção médica. A persistência de qualquer um desses sinais por várias semanas justifica uma consulta médica.
Além do rastreamento, a adoção de hábitos saudáveis desempenha um papel fundamental na redução do risco de câncer colorretal. Isso inclui não fumar, manter um peso corporal saudável, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo excessivo de álcool e seguir uma dieta equilibrada, com baixo consumo de carne vermelha e processada e rica em grãos integrais, frutas e vegetais.