Estudo revela como células tumorais utilizam o sistema nervoso para se proliferar

Pesquisadores descobriram que o câncer de pulmão de pequenas células utiliza neurônios para acelerar seu crescimento e metástases.
Um estudo recente revelou que o câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) se conecta diretamente a neurônios, utilizando o sistema nervoso para acelerar seu crescimento e disseminação. Essa descoberta pode ser um avanço significativo no tratamento da doença, pois sugere que a comunicação entre as células do câncer e os neurônios pode ser interrompida para limitar a progressão da doença.
Mecanismo de crescimento acelerado
Os pesquisadores da Universidade de Colônia analisaram dados genéticos e imagens de células em laboratório e em modelos animais. Eles descobriram que o CPPC consegue formar sinapses com neurônios, utilizando neurotransmissores como glutamato e GABA para estimular seu próprio crescimento. Essa interação não apenas favorece a multiplicação das células tumorais, mas também indica que o tumor pode se beneficiar dessas conexões, retirando dos neurônios elementos essenciais para sua expansão.
Implicações para novas terapias
O professor Matteo Bergami ressaltou a extensão da inervação que essas células tumorais conseguem agregar, acreditando que essa descoberta pode transformar a abordagem para impedir a metástase cerebral do CPPC. Em experimentos, quando a ação do glutamato foi bloqueada em camundongos, os tumores diminuíram e os animais apresentaram uma expectativa de vida maior. Essa evidência sugere que pode ser viável desenvolver novas terapias a partir da ruptura dessa comunicação célula a célula.
Sinais de alerta do câncer
É fundamental estar atento aos sinais que o corpo manifesta, já que o câncer é um dos principais problemas de saúde pública. Sinais como perda de peso inexplicável, mudanças na pele, tosse persistente, e a presença de sangue nas fezes ou urina devem ser investigados. A detecção precoce do câncer pode aumentar as chances de recuperação e tratamento eficaz.
Esses achados não apenas abrem um caminho para novas estratégias de combate ao câncer de pulmão, mas também destacam a importância de continuar a pesquisa nessa área, buscando entender melhor como essas conexões neurais se estabelecem e como podem ser manipuladas para benefício terapêutico.