Cármen Lúcia destaca teste das urnas como um sossego eleitoral

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova

Presidente do TSE afirma que avaliação reforça segurança e transparência do sistema eleitoral brasileiro

Cármen Lúcia ressaltou que o teste das urnas promove um ambiente de confiança para as eleições de 2026 no Brasil.

Teste das urnas de 2025 inicia avaliação de segurança para eleições de 2026

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início, nesta segunda-feira (1º/12), à 8ª edição do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, conhecido como teste das urnas. A ministra e presidente do TSE, Cármen Lúcia, ressaltou que essa etapa é fundamental para proporcionar um “sossego eleitoral” ao Brasil, considerando o ambiente de tensão que ronda o processo eleitoral. O teste das urnas de 2025 tem como principal objetivo reforçar a segurança, a transparência e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, especialmente na captação e apuração dos votos para as eleições gerais de 2026.

Estrutura e planos de teste aprovados para garantir segurança no processo eleitoral

De acordo com o TSE, especialistas estão executando 38 planos de testes aprovados pela Comissão Reguladora para assegurar a integridade do sistema eletrônico. O primeiro turno das eleições está previsto para 4 de outubro de 2026, e, caso necessário, o segundo turno ocorrerá em 25 de outubro. O teste da urna avalia sistemas essenciais como o Gerenciador de Dados, Aplicativos e Interface com a Urna Eletrônica (Gedai-UE), Software de Carga, Software de Votação, Sistema de Apuração e o Kit JE-Connect, todos componentes que a Justiça Eleitoral utilizará no próximo pleito.

Participação de especialistas e transparência com acompanhamento da imprensa

O evento ocorre no edifício-sede do TSE, em ambiente reservado e monitorado por câmeras, com toda a infraestrutura necessária para a realização dos testes. Participam investigadores, profissionais da imprensa e observadores do meio acadêmico, que acompanham toda a programação. O primeiro dia do teste aconteceu das 13h às 18h. Nos dias seguintes, as atividades ocorrerão das 9h às 18h, com encerramento previsto para as 17h de sexta-feira (5/12), no Auditório II do Tribunal.

Histórico do teste e sua obrigatoriedade desde 2016

Este é o oitavo teste realizado desde 2009, quando foi realizado o primeiro Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais. De lá para cá, outros seis testes aconteceram em 2012, 2016, 2017, 2019, 2021 e 2023. Ao todo, 157 investigadoras e investigadores já participaram desses testes, que totalizam 112 planos executados em 247 horas. Desde 2016, a realização do teste da urna tornou-se obrigatória, sendo preferencialmente realizada no ano anterior às eleições.

Clima político e importância do teste para a democracia brasileira

Em seu discurso, Cármen Lúcia afirmou que a sociedade vive um momento “adoecida pelos ódios” e que a presença da imprensa e dos profissionais envolvidos é vital para esclarecer e garantir a legitimidade do processo eleitoral. A ministra destacou a importância do teste para a segurança democrática e desejou uma semana produtiva aos fiscais e servidores do TSE, que enfrentam um “clima quente” em relação ao tema do pleito eleitoral.

O teste das urnas reforça a confiança do eleitorado no sistema eletrônico e contribui para o aperfeiçoamento contínuo das eleições no Brasil, sendo um instrumento relevante para assegurar a transparência e a segurança das eleições em um país de dimensões continentais e pluralidade sociocultural.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: