A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente, nesta quarta-feira (10), em Pato Branco, a mãe e o padrasto de uma menina de dois anos que faleceu em Cascavel, no mês de junho. O casal é agora formalmente acusado e permanecerá sob custódia enquanto aguarda o andamento do processo.
A trágica ocorrência se deu no dia 7 de junho, no bairro Periolo, quando o SAMU foi acionado para socorrer a criança, que já se encontrava sem vida. Inicialmente, a mãe alegou que a filha havia sofrido uma queda no banheiro, porém, as múltiplas marcas encontradas no corpo da vítima levantaram suspeitas imediatas sobre a veracidade da versão.
Segundo o delegado Fabiano Moza, o laudo da Polícia Científica revelou a causa da morte como traumatismo torácico e abdominal, além de pancreatite traumática e peritonite aguda. O documento também apontou a presença de hematomas de diferentes idades, necrose em órgãos internos e lesões que não condizem com um acidente doméstico. “As agressões foram classificadas como intencionais”, afirmou o delegado.
Durante a investigação no imóvel, os peritos encontraram indícios de que a criança poderia ter sido amarrada, incluindo material semelhante a fita crepe. A mãe é acusada de ser a autora das agressões que culminaram na morte da menina, enquanto o padrasto responde por omissão, alegando que trabalhava durante todo o dia e não presenciava os atos de violência.
O pai biológico da vítima relatou que a filha demonstrava resistência em retornar para a casa da mãe. No dia da morte, a mulher chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada em audiência de custódia para cumprir medidas cautelares com o uso de tornozeleira eletrônica. Agora, com a decretação da prisão preventiva, ela e o companheiro foram encaminhados ao sistema penitenciário.