Caso Marielle: Delegado Rivaldo Barbosa Busca Revogação de Prisão no STF

Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, intensifica sua batalha legal para se livrar das acusações que o ligam ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. No último domingo, Barbosa formalizou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a revogação de sua prisão preventiva. A defesa argumenta que o tempo de detenção sem uma data definida para julgamento é excessivo.

Preso desde março do ano passado, Rivaldo Barbosa é apontado como um dos mentores intelectuais por trás do crime que chocou o país. Junto a ele, respondem ao processo o ex-deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso no STF, e a ele cabe a decisão sobre o futuro de Barbosa.

A defesa do ex-delegado alega que, embora as alegações finais já tenham sido apresentadas, o processo enfrenta uma morosidade injustificada. Os advogados de Barbosa traçam um paralelo com o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo julgamento, segundo eles, recebeu prioridade. “Observa-se, portanto, que a Ação Penal 2.668 […] receberá prioridade no julgamento em detrimento da presente ação penal”, argumentam os defensores.

Diante da possibilidade de Moraes não acatar o pedido de revogação da prisão, a defesa de Rivaldo Barbosa propõe uma alternativa. Eles sugerem a transferência do ex-delegado, atualmente detido na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), para um quartel da Polícia Militar no Rio de Janeiro. Essa medida, segundo eles, representaria uma alternativa menos gravosa, sem, contudo, comprometer a segurança e a ordem pública.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram brutalmente assassinados em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. A complexa investigação, que se arrastou por anos, teve uma reviravolta com a operação da Polícia Federal que culminou na prisão dos supostos mandantes, incluindo Rivaldo Barbosa e os irmãos Brazão. O caso Marielle permanece um símbolo da luta por justiça e da persistência em desvendar crimes que desafiam o Estado de Direito.

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