Casos emblemáticos de resgates do FGC no Brasil

REUTERS/Adriano Machado

Relembre a história de instituições financeiras que precisaram de socorro

Instituições financeiras como Bamerindus e Cruzeiro do Sul enfrentaram liquidações e resgates do FGC.

Resgates do FGC: Um olhar sobre a história das instituições financeiras no Brasil

A recente liquidação extrajudicial do Banco Master pelo Banco Central, ocorrida na terça-feira (18), relembra o papel do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em diversos casos de instituições financeiras que não conseguiram se recuperar. O socorro previsto para o Banco Master, com uma base de 1,6 milhão de credores e um rombo estimado em R$ 41 bilhões, pode ser considerado o maior resgate já realizado no Brasil.

Bamerindus: O gigante que caiu

Na década de 1990, o Bamerindus era o segundo maior banco privado do Brasil. Contudo, em 1995, a instituição entrou em uma crise financeira profunda, necessitando de empréstimos de outros bancos. Em 1997, com patrimônio líquido negativo de R$ 4,2 bilhões, o Banco Central interveio e transferiu o controle acionário para o HSBC. A liquidação extrajudicial do Bamerindus somente ocorreu em 1998 e teve seu desfecho em 2013, quando o BTG Pactual anunciou a compra do espólio da instituição por R$ 418 milhões. Mesmo assim, o FGC teve que desembolsar R$ 3,5 bilhões em 2014 para cobrir perdas financeiras.

Banco Santos: Fraudes e má gestão

O Banco Santos, fundado por Edemar Cid Ferreira, ficou sob intervenção do Banco Central em novembro de 2006 após a descoberta de fraudes e crimes contra o sistema financeiro. Na época, o rombo estimado era de R$ 703 milhões, mas após investigações, esse valor cresceu para R$ 2,236 bilhões. A liquidação extrajudicial foi decretada devido à gravidade das irregularidades encontradas, que incluíam operações fictícias que maquiavam a verdadeira saúde financeira do banco.

Cruzeiro do Sul: A falência decretada

O Cruzeiro do Sul também enfrentou sérias dificuldades financeiras em 2011, quando sua classificação de risco foi rebaixada. Em 2012, o Banco Central interveio e revelou um rombo de R$ 1,3 bilhão. As tentativas de venda da instituição falharam, levando à sua liquidação extrajudicial. A falência foi oficialmente decretada em 2015, evidenciando os riscos que instituições financeiras podem representar para investidores e depositantes.

O papel do FGC na proteção dos depositantes

O Fundo Garantidor de Crédito é fundamental para a proteção dos depositantes em casos de falência de instituições financeiras. A experiência do Bamerindus, Banco Santos e Cruzeiro do Sul ilustra a importância de um sistema robusto de garantias para a confiança no sistema bancário. Com a crise do Banco Master, o FGC novamente se vê no centro de uma situação crítica, mostrando a relevância de sua atuação na estabilidade do sistema financeiro brasileiro.

Conclusão

Os casos de Bamerindus, Banco Santos e Cruzeiro do Sul demonstram que a história do sistema bancário brasileiro é marcada por crises e intervenções do Banco Central. O FGC, por sua vez, desempenha um papel crucial na proteção de depositantes e na manutenção da confiança no sistema financeiro. À medida que o Banco Master enfrenta sua liquidação, a expectativa é que o fundo continue a garantir a segurança dos investidores e a estabilidade do mercado.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: REUTERS/Adriano Machado

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