Com a chegada do inverno, é comum o aumento de dermatoses como a dermatite atópica, impulsionadas pelo ressecamento da pele. Nesse período, a dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa, também se torna mais frequente. Embora geralmente inofensiva, a caspa pode, em alguns casos, mascarar condições dermatológicas mais sérias, exigindo atenção e diagnóstico preciso.
A dermatologista Paula Rodrigues, do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), explica que a dermatite seborreica manifesta-se principalmente no couro cabeludo, mas pode surgir em outras áreas como barba e sobrancelhas. Os sintomas típicos incluem descamação e vermelhidão, causando desconforto estético, mas sem grandes riscos para a saúde, na maioria dos casos.
No entanto, é crucial diferenciar a caspa de outras dermatites com sintomas semelhantes, mas com implicações mais relevantes. “Não há risco de acarretar um agravamento do quadro, é mais esse desconforto visual”, afirma Paula, tranquilizando sobre a caspa. Condições como a dermatite atópica, de caráter hereditário e com intensa coceira, podem levar a lesões e infecções, exigindo tratamento adequado.
A dermatite asteatósica, por sua vez, não é hereditária, mas compartilha sintomas com a dermatite atópica, também se intensificando no inverno. Sua incidência é maior em idosos, cuja pele tende a ser mais seca devido à perda natural de líquidos com o envelhecimento. A distinção entre essas condições é fundamental para um tratamento eficaz e para evitar complicações.
Em caso de dúvidas ou persistência dos sintomas, é imprescindível procurar um dermatologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. A automedicação pode mascarar problemas mais sérios e retardar o início do tratamento correto, comprometendo a saúde da pele.