CDH investiga proteção infantil em operação policial no RJ

Agência Senado

Comissão questiona protocolos adotados em ação no Complexo do Alemão e Penha

Após operação policial no Rio de Janeiro, CDH questiona se protocolos de proteção a crianças foram seguidos. Mais de 130 mortos foram contabilizados.

Em 29 de outubro de 2025, a senadora Damares Alves, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), manifestou preocupação com os acontecimentos na cidade do Rio de Janeiro, após a operação policial deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha na terça-feira (28). A senadora lamentou as “cenas de guerra” e informou que a comissão vai pedir informações ao governo do Rio de Janeiro sobre os protocolos adotados para a proteção de crianças e adolescentes, seja em procedimentos adotados antes, durante e após a operação. De acordo com as últimas informações divulgadas, já foram contados mais de 130 mortos.

Questões levantadas pela CDH

Durante a reunião, Damares enfatizou: “No caso do Rio de Janeiro, as cenas que nós vimos são gravíssimas; explosivos foram jogados, carros incendiados, houve tiroteio. Ninguém é ingênuo de saber que numa operação dessa não haveria danos colaterais. Qual foi o item pensado em criança para esta operação? O Conselho Tutelar foi junto com a polícia?” A senadora também questionou sobre o acolhimento de crianças e a orientação dos professores, considerando que muitas estavam em aula durante a ação.

A importância dos protocolos de proteção

A senadora lembrou que em operações que possam gerar tragédias, como as ocorridas em Mariana e Brumadinho, as instituições públicas devem recorrer a protocolos internacionais para assegurar a proteção de crianças. “Quando há uma tragédia, existe protocolos internacionais que precisam ser acionados”, afirmou.

Cenário da operação

A ação policial realizada no Complexo do Alemão e da Penha visava prender integrantes do Comando Vermelho (CV) e resultou em um cenário alarmante, com drones lançando explosivos e ônibus incendiados. Na noite de terça-feira, contavam-se 64 mortes, incluindo quatro policiais, e na manhã desta quarta-feira, moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 74 corpos para uma praça.

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