O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula, afirmou que o presidente não se deixará humilhar em um possível encontro com Donald Trump. As diplomacias dos EUA e Brasil buscam viabilizar a reunião, especialmente após Trump mencionar uma "excelente química" com Lula na Assembleia-Geral da ONU. Apesar de receios de emboscadas, Amorim garante que Lula está preparado e que o Itamaraty busca uma ligação prévia antes do encontro para evitar constrangimentos.
Celso Amorim afirma que Lula não se deixará humilhar em reunião com Trump; diplomacias trabalham para viabilizar encontro.
Na segunda-feira (29), em Nova York, Celso Amorim, assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, afirmou que o presidente nunca se deixará humilhar em uma eventual reunião com Donald Trump. As diplomacias de Brasil e Estados Unidos estão em conversação para um encontro após Trump expressar vontade de se reunir durante a Assembleia-Geral da ONU.
Temores de emboscadas
Amorim expressou preocupações sobre a possibilidade de Lula ser alvo de uma emboscada, como outros líderes foram em encontros com Trump. “Lula jamais se deixará humilhar por Trump. Essa possibilidade não existe, pode tirar da cabeça”, declarou. Ele fez referência a incidentes passados, como o desentendimento entre Trump e o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, que ocorreram em encontros anteriores.
Planejamento de um encontro
Após um breve contato entre os líderes na ONU no dia 23, Trump mencionou que teve uma “excelente química” com Lula e que uma reunião poderia ocorrer em outubro na Malásia, durante a cúpula da Asean. Amorim ressaltou que a data e o local ainda não estão definidos, mas enfatizou que o importante é que o encontro seja produtivo, conforme o desejo de ambos os países.
Relação Brasil-EUA
Amorim ressaltou que há um interesse genuíno do governo americano em estabelecer um diálogo, mencionando que o Departamento de Estado não se opõe a um telefonema entre os líderes antes de um eventual encontro. Ele também falou sobre a importância de que o governo dos EUA reconheça o Brasil como um grande país e a necessidade de manter uma boa relação, especialmente em questões comerciais.