O ministro do Turismo, Celso Sabino, enfrenta um momento decisivo. Alvo de um ultimato do União Brasil, partido ao qual é filiado, ele precisa escolher entre permanecer no governo Lula ou atender às exigências da legenda. A pressão ocorre em meio a tensões internas e investigações envolvendo o presidente do partido, Antônio Rueda.
Auxiliares do Planalto demonstram otimismo, apostando que Sabino buscará uma licença partidária para continuar no cargo. A permanência no Ministério do Turismo seria estratégica para o ministro, especialmente com a proximidade da COP30 no Pará, seu estado natal, evento considerado crucial para suas ambições políticas e do partido na região.
Entretanto, o União Brasil endureceu o tom e estabeleceu um prazo de 24 horas para que seus filiados em cargos no governo federal deixem suas funções, sob pena de serem acusados de infidelidade partidária. A medida, formalizada em resolução assinada por Rueda, colocou Sabino em uma encruzilhada. O ministro, que estava em Belém, retornou a Brasília para discutir a situação.
“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula”, diz o comunicado do União Brasil sobre as investigações da PF contra Rueda. A legenda demonstra “irrestrita solidariedade” ao seu presidente.
A decisão de Sabino é aguardada com expectativa. Ele deve se reunir com o presidente Lula nesta sexta-feira para comunicar seu futuro. O Planalto confia em sua permanência, enquanto aliados do União Brasil acreditam que ele priorizará a lealdade partidária e deixará o governo.