Cessação de hostilidades permite retorno de palestinos à Gaza

Milhares de pessoas voltam para casa após acordo de paz

Após dois anos de conflitos, palestinos começam a retornar para Gaza com a implementação do cessar-fogo.

Milhares de palestinos começaram a retornar para suas casas, na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (10/10), após o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas ter entrado em vigor às 12h (6h no horário de Brasília). O recuo das tropas israelenses facilitou a volta das pessoas que passaram dois anos em um cerco de bombardeios, fome e destruição.
Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram, oficialmente, que o “acordo de cessar-fogo entrou em vigor” e que mobilizou as tropas para se reposicionarem e se prepararem para o retorno dos reféns israelenses.

Contexto do cessar-fogo

Um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas foi finalmente alcançado após dois anos de conflitos intensos na Faixa de Gaza. O anúncio foi dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o qual ambos assinaram a primeira fase do cessar-fogo. A primeira fase se destaca pelo cessar-fogo imediato e a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos após o retorno dos reféns a Israel.

Impactos do retorno

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram uma enorme fila de palestinos que tiveram que se isolar da guerra, retornando oficialmente para uma Faixa de Gaza onde prédios e casas estão destruídos. Alguns caminham ao longo da estrada Al-Rachid, eixo costeiro que margeia o Mediterrâneo. Veículos também foram registrados, andando lentamente no meio das pessoas.
As forças israelenses se retiraram do posto de controle militar no Corredor Netzarim, ao sul da Cidade de Gaza. Com o recuo, Israel continuará ocupando cerca de 53% do território palestino, contra mais de 80% antes do cessar-fogo.

Desafios enfrentados

Apesar da liberação, os palestinos em Gaza foram alertados a evitar a passagem de Rafah, o Corredor de Filadélfia e qualquer concentração de tropas na região de Khan Younis, onde as FDI permanecem. É esperado que o grupo palestino Hamas liberte pelo menos 20 reféns israelenses vivos nas próximas 72 horas, após Israel libertar 250 palestinos presos em Tel Aviv e outros 1,7 mil detidos em Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, em um comunicado televisionado, que, “ao longo dos dois anos desde o início da guerra”, prometeu às famílias dos reféns que os traria de volta e que a promessa está sendo cumprida.

Próximos passos

Apesar do fim da guerra em Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, muitos palestinos relutam em retornar às suas casas, que foram destruídas pelos bombardeios israelenses. O presidente dos EUA, Donald Trump, mediador do cessar-fogo, havia anunciado, entretanto, que um dos acordos do Plano de Paz envolveria a reconstrução de Gaza.

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