Andrea Gaudenzi fala sobre a programação e os desafios enfrentados pelos jogadores
Andrea Gaudenzi defende calendário da ATP, apesar de críticas de tenistas sobre o excesso de jogos.
Andrea Gaudenzi, presidente da ATP, defendeu o calendário atual da entidade, mesmo com as reclamações de tenistas sobre o volume excessivo de jogos. Em coletiva de imprensa realizada em Paris, Gaudenzi afirmou que os jogadores têm a liberdade de montar suas próprias agendas. Ele destacou a introdução de um novo torneio Masters 1000 na Arábia Saudita, que começará em 2028.
Desafios enfrentados pelos jogadores
Os atletas têm expressado preocupações sobre as exigências do calendário, especialmente com o aumento do número de torneios Masters, que agora se estendem por 12 dias. Iga Swiatek, número 2 do mundo na WTA, descreveu o calendário como “implacável” e alertou que pode deixar de participar de eventos obrigatórios para preservar sua saúde. Jogadores como Jack Draper e Daniil Medvedev também relataram lesões e a necessidade de mais tempo para recuperação.
A visão de Gaudenzi sobre o futuro
Gaudenzi ressaltou que a reformulação chamada Vision 28 busca otimizar o calendário e fortalecer os principais torneios da ATP. Ele acredita que os jogadores devem priorizar os Grand Slams e os Masters em suas agendas. “Se você é um atleta de ponta, sua programação deve começar pelos Slams, Masters e as Finais. Quando você não rende bem ou precisa de mais jogos, pode jogar os torneios 500”, detalhou. Ele também mencionou que a ATP trabalhará para criar regras mais eficazes que ajudem os jogadores a gerenciar melhor suas agendas.
A liberdade dos jogadores e o equilíbrio necessário
Apesar das críticas, Gaudenzi defendeu o sistema aberto em que os atletas decidem quando e onde competir. Ele acredita que isso gera cargas de trabalho desiguais, mas é essencial para a liberdade dos jogadores. “Se você quer uma carreira longa e bem-sucedida, precisa dizer ‘não’ mais vezes do que ‘sim’ e construir sua agenda em torno dos maiores eventos”, finalizou.
