Pete Hegseth, figura de destaque no Pentágono, causou polêmica ao divulgar um vídeo nas redes sociais onde líderes religiosos questionam o direito das mulheres ao voto. A postagem, feita no dia 7 de agosto na plataforma X, reacendeu o debate sobre o papel da mulher na sociedade e os limites da influência religiosa em questões políticas.
O vídeo compartilhado por Hegseth é um trecho de uma reportagem da CNN que apresenta o teólogo conservador Doug Wilson e o pastor Toby Sumpter. Suas declarações, consideradas por muitos como retrógradas, defendem uma visão de mundo onde o poder de decisão política é centralizado na figura masculina.
Toby Sumpter chega a afirmar que, em sua “sociedade ideal”, o voto seria exercido em nome da família, cabendo a ele a responsabilidade de representar o grupo. “Na minha sociedade ideal, votaríamos como famílias. Normalmente, eu seria o único a votar, mas votaria depois de discutir o assunto com minha família”, declarou o pastor.
Já Doug Wilson, em outro trecho da reportagem, justifica a exclusão de mulheres de cargos de liderança em sua igreja com base em interpretações bíblicas. A atitude do chefe do Pentágono de compartilhar tal conteúdo, acompanhado da legenda “Tudo de Cristo para toda a vida”, gerou forte reação e levanta questionamentos sobre suas convicções pessoais e seu papel como líder militar.
A controvérsia ganha ainda mais relevância considerando o cargo de Hegseth no Pentágono, uma instituição que historicamente tem lutado por igualdade de gênero e inclusão. A repercussão do caso deve gerar debates internos e externos sobre a postura do militar e a necessidade de se promover valores democráticos e igualitários em todos os setores da sociedade.