Trump enfrenta resistência de líderes locais ao ativar tropas
A cidade de Portland, Oregon, se prepara para a chegada de 200 membros da Guarda Nacional, convocados por Trump.
Na manhã de 2 de outubro de 2025, a cidade de Portland, Oregon, se prepara para a chegada de 200 membros da Guarda Nacional, convocados pelo presidente Donald Trump. O objetivo declarado das tropas é proteger a cidade e as instalações de imigração contra “terroristas domésticos”, uma medida que enfrenta forte oposição de líderes locais democratas. O governo estadual e a cidade processaram o Trump em um tribunal federal, alegando que a ação ameaça aumentar as tensões.
Contexto da convocação das tropas
Trump já havia mobilizado milhares de membros da Guarda Nacional para a Califórnia e Washington, D.C., em ações similares, sugerindo que outras cidades governadas por democratas, como Chicago, poderiam ser as próximas. Especialistas e críticos veem essas ações como uma manobra política, uma vez que a Guarda está sendo utilizada em áreas onde os democratas predominam, levantando preocupações sobre a militarização da resposta a protestos e crimes.
Implicações legais e políticas
A ativação das tropas levanta questões sobre os limites do poder executivo e a utilização da Guarda Nacional em funções de policiamento interno. O ex-coronel do Exército, Peter Mansoor, alerta que o termo “força total”, mencionado por Trump, pode ser interpretado como autorização para o uso de força letal, algo que não deve ser aplicado contra cidadãos americanos em situações normais. A insatisfação pública é palpável, com 52% dos adultos americanos desaprovando a presença da Guarda Nacional em suas comunidades.
Reações e desdobramentos
Enquanto isso, o chefe da polícia de Portland, Bob Day, afirmou que os conflitos na cidade estão concentrados em uma única quadra e que as ações da Guarda podem ser desnecessárias. Os líderes locais expressam preocupação com o impacto a longo prazo sobre a percepção pública da Guarda, que já enfrentou desafios significativos em sua imagem devido a intervenções passadas. Com o aumento da tensão entre o governo federal e as lideranças locais, o futuro das operações da Guarda Nacional em contexto urbano permanece incerto.