China comissiona porta-aviões Fujian em avanço militar

m colorida de porta-aviões da China, Fujian - Metrópoles

Nave é o mais poderoso da frota chinesa e o primeiro de projeto totalmente nacional

Nesta sexta-feira (7), a China colocou em operação seu porta-aviões Fujian, considerado o mais poderoso do país.

Em 7 de novembro de 2025, a China colocou em operação, durante uma cerimônia em Sanya, o porta-aviões Fujian, considerado o mais poderoso já produzido pelo país e o primeiro de projeto totalmente nacional. O evento contou com a presença do presidente Xi Jinping, marcando um avanço significativo na estratégia de modernização das Forças Armadas da China.

Características do porta-aviões Fujian

O Fujian é o terceiro porta-aviões chinês, mas o primeiro a empregar catapultas eletromagnéticas para o lançamento de aeronaves, tecnologia até então utilizada apenas pela Marinha dos Estados Unidos no USS Gerald Ford. Após 40 meses de testes, sendo 18 deles no mar, o porta-aviões foi declarado operacional. Em setembro, foram realizados ensaios com os caças J-15T e J-35, além do avião-radar KJ-600, aumentando a capacidade aérea embarcada chinesa. O J-35, em particular, é um caça furtivo de quinta geração, comparável ao americano F-35.

Implicações políticas e estratégicas

A nomeação da embarcação não é por acaso: Fujian é a província chinesa mais próxima de Taiwan, território que Pequim considera parte inalienável do país. Essa escolha reforça o simbolismo político e militar da operação, em um momento de crescentes tensões no estreito de Taiwan. O lançamento do Fujian simboliza o esforço de Pequim para se aproximar do poder naval dos EUA, que opera 11 grupos de porta-aviões. Entretanto, Washington ainda mantém ampla vantagem com seus navios movidos a energia nuclear.

Avanços na marinha chinesa

Embora o Fujian seja movido a óleo diesel e tenha uma autonomia de cerca de 18 mil quilômetros, suficiente para patrulhar o Pacífico Ocidental, a Marinha da China continua a crescer rapidamente, superando os EUA em quantidade de embarcações. O próximo passo no programa naval chinês é o lançamento de um porta-aviões com propulsão nuclear, atualmente em construção sob sigilo.

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