Em um cenário global de crescentes tensões comerciais, a China manifestou apoio ao Brasil, sinalizando disposição para fortalecer a cooperação bilateral. O chanceler chinês, Wang Yi, expressou essa solidariedade durante uma conversa telefônica com Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, conforme divulgado nesta quarta-feira.

Wang Yi enfatizou que o governo de Xi Jinping apoia o Brasil na “oposição às práticas de intimidação de tarifas arbitrárias”, em clara referência às políticas protecionistas adotadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa, divulgada pela agência estatal Xinhua, revela um alinhamento estratégico em face dos desafios impostos pela guerra tarifária.

Celso Amorim, por sua vez, manifestou interesse em aprofundar a colaboração com a China em áreas como comércio e finanças. Além disso, defendeu o fortalecimento do BRICS, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, como um importante contraponto nas relações internacionais.

O gesto chinês ocorre em um momento crítico para a economia brasileira, após a imposição de tarifas de 50% sobre exportações para os Estados Unidos, medida que afeta setores-chave como café, carnes e frutas. “O governo Lula deve anunciar, nos próximos dias, medidas direcionadas às áreas mais afetadas pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos”, informou a reportagem original, indicando a urgência da situação.

Diante desse quadro, o apoio da China surge como um importante ativo para o Brasil, abrindo novas perspectivas de diversificação comercial e fortalecimento de parcerias estratégicas. A busca por alternativas e a defesa de um sistema multilateral de comércio justo ganham ainda mais relevância no contexto atual.