Pesquisa inova com memristores biológicos que imitam o cérebro humano
Cientistas dos EUA desenvolvem memória de computador com cogumelos shiitake, oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente em armazenamento.
Em 28 de outubro de 2025, a Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, avançou na tecnologia de computadores neuromórficos ao desenvolver uma memória de computador utilizando cogumelos shiitake. Essa pesquisa, publicada no periódico PLOS One, revela o potencial dos memristores biológicos, que podem armazenar informações de forma eficiente, oferecendo uma alternativa sustentável e inovadora no armazenamento de dados.
Memristores biológicos e seu funcionamento
Os memristores, componentes eletrônicos fundamentais, foram criados a partir do micélio dos cogumelos, que se assemelham às redes neurais do cérebro humano, transmitindo informações através de sinais elétricos e químicos. Após cultivar os cogumelos até a maturidade, os pesquisadores os desidratam e conectam a fios elétricos, aplicando voltagens e frequências variadas. O resultado foi um dispositivo capaz de alternar entre estados elétricos a até 5,85 Hertz, com uma precisão de 90% na gravação de dados.
Potencial tecnológico e impactos
O desempenho do memristor biológico, embora tenha diminuído com o aumento das frequências elétricas, pode ser compensado ao adicionar mais cogumelos ao circuito. Isso demonstra a viabilidade de criar computadores que “pensam” como humanos, utilizando componentes biologicamente produzidos, que são mais baratos e ecologicamente corretos. Essa inovação pode transformar a forma como entendemos e desenvolvemos tecnologias de computação, alinhando-as com princípios sustentáveis.
Conclusão
A pesquisa representa um avanço significativo no campo da computação neuromórfica, potencialmente revolucionando a forma como os dados são armazenados e processados. O uso de materiais biológicos, como os cogumelos, não só abre novas possibilidades tecnológicas como também destaca a importância de soluções sustentáveis na ciência moderna.