Novas descobertas desafiam a visão de floresta intocada
Descobertas na Bacia Amazônica desmentem a ideia de uma natureza intocada, revelando vestígios de civilizações antigas na Bolívia.
Em 7 de novembro de 2025, a Bacia Amazônica, frequentemente vista como um ícone de natureza intocada, foi desafiada por novas descobertas que revelam uma civilização perdida na planície beniana, na Bolívia. Essas investigações arqueológicas, apoiadas por tecnologia de sensoriamento remoto a laser, mostraram que a região abrigou sociedades complexas que deixaram marcas na paisagem ao longo de milênios.
Descobertas arqueológicas e tecnologia
A pesquisa, coordenada pela professora Carla Jaimes Betancourt, utilizou tecnologia LiDAR para mapear a área, revelando estruturas como aquedutos e plataformas piramidais. Essas descobertas são um marco na compreensão da ocupação humana na Amazônia, desafiando a ideia de que a região era apenas habitada por sociedades caçadoras e coletoras. A análise de radiocarbono sugere a presença contínua de assentamentos entre 600 e 1400 d.C., com uma relação harmoniosa entre os habitantes e o ambiente.
Sustentabilidade e herança cultural
Os habitantes da planície beniana se adaptaram às inundações sazonais do Rio Amazonas, utilizando técnicas de cultivo diversificadas e sistemas de irrigação inteligentes. Essa interação ao longo do tempo gerou um legado biocultural que ainda é mantido por comunidades locais, como os povos cayubaba e movima, que cultivam diversas culturas e criam gado. Segundo Betancourt, essas lições de sustentabilidade são vitais em um contexto de desmatamento e mudanças climáticas que ameaçam a região.
Implicações para o futuro
Essas descobertas não apenas resgatam a história de uma civilização perdida, mas também ressaltam a importância de proteger os direitos e a memória cultural dos povos que habitam a Amazônia. A pesquisa destaca que a resiliência ambiental está intrinsecamente ligada à diversidade cultural e ecológica, um conceito fundamental para quem busca preservar a floresta tropical e suas comunidades.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: de pesquisadora olhando para escavação na Amazônia – Metrópoles