Presidente do México afirma que não permitirá intervenções militares em seu território
Claudia Sheinbaum reafirma a soberania do México ao rejeitar a proposta de Trump para ações militares contra cartéis.
Claudia Sheinbaum reafirma a soberania do México em resposta a Trump
Na última terça-feira, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, rejeitou de forma categórica a proposta do ex-presidente Donald Trump que sugeria ações militares dos EUA contra cartéis de drogas no território mexicano. A declaração de Sheinbaum veio após Trump afirmar que faria “o que fosse necessário” para impedir a entrada de drogas nos Estados Unidos.
A presidente destacou que o México não permitirá ações militares estrangeiras em seu solo e reafirmou a posição do seu governo contra qualquer tipo de intervenção dos EUA. “Nós operamos em nosso território”, disse Sheinbaum, enfatizando a importância da soberania nacional.
Trump e a proposta de intervenção
Durante seus comentários, Trump expressou que autorizaria ações militares dentro do México se isso fosse necessário para proteger vidas americanas, citando o sucesso das operações navais para interceptar narcóticos. Ele argumentou que tais ações poderiam salvar “milhões de vidas” nos EUA, sugerindo que operações em terra poderiam ser uma extensão disso.
Sheinbaum, por sua vez, respondeu rapidamente, afirmando que a proposta de intervenção militar não era nova e que o México sempre se opôs a qualquer forma de força militar estrangeira em seu território. Ela mencionou que discutiu a questão com Trump e o Secretário de Estado, Marco Rubio, deixando claro que o México valoriza a cooperação em segurança, mas que sua soberania deve ser respeitada.
Tensão nas relações EUA-México
O episódio ocorre em um contexto mais amplo de tensões nas relações entre os dois países, especialmente em questões de segurança e imigração. Recentemente, houve relatos de indivíduos que chegaram por barco a uma praia no nordeste do México, colocando sinais que indicavam a área como propriedade restrita do Departamento de Defesa dos EUA. O Ministério das Relações Exteriores do México afirmou que esses sinais foram removidos após determinar que estavam em solo mexicano.
Sheinbaum mencionou que a Comissão Internacional de Limites e Águas, responsável por definir a fronteira entre os EUA e o México, foi chamada para revisar a situação. Testemunhas relataram que os sinais estavam localizados na Playa Bagdad, próxima à foz do Rio Grande, onde a confusão sobre a localização da fronteira é comum devido ao deslocamento do leito do rio.
Conclusão
Com a insistência de Trump em ações mais agressivas contra cartéis, o México continua a reafirmar sua posição de que não aceitará intervenções militares. A resposta de Claudia Sheinbaum serve como um lembrete da importância da soberania nacional e da necessidade de uma abordagem colaborativa e respeitosa entre os dois países na luta contra o tráfico de drogas.
Fonte: www.foxnews.com
Fonte: Mexican President Claudia Sheinbaum gestures while speaking.