IDe acordo com o contador e empresário, Cláudio Lasso, a estrutura exige planejamento e estratégia
No Brasil, a sucessão patrimonial ainda é tratada como tabu por muitos empresários e famílias. O problema é que, quando esse planejamento é ignorado, os herdeiros ficam expostos a custos elevados, disputas judiciais e perda de patrimônio.
“Um bom estudo de sucessão precisa alinhar aspectos contábeis, jurídicos e financeiros, considerando o impacto tributário e a preservação do patrimônio ao longo das gerações”, afirma o contador, estrategista e empresário, Cláudio Lasso.
De acordo com o especialista, entre as ferramentas disponíveis, seguros de vida e planos de previdência privada são instrumentos estratégicos que podem auxiliar nesse processo:
“O seguro de vida garante liquidez imediata aos herdeiros, cobrindo custos de inventário e evitando a necessidade de vender ativos em situações de urgência.A previdência privada, além de benefício fiscal em alguns casos, permite flexibilidade na sucessão e pode ser estruturada como parte de uma estratégia de proteção e perpetuação do patrimônio”, destaca o contador.
Cláudio Lasso deu três dicas básicas :
Dica 1 – Levantamento inicial
Antes de qualquer cálculo, é necessário levantar o valor total do patrimônio, identificar bens móveis e imóveis, participações em empresas, aplicações financeiras e eventuais dívidas. Só com esse mapeamento é possível calcular corretamente os custos de inventário, impostos e taxas.
Dica 2 – Prazo médio para iniciar
O planejamento deve começar antes de qualquer urgência. Em média, recomenda-se iniciar esse processo quando a família começa a crescer e a família já tem seu primeiro imovel, porém, se ainda não começou, recomendo iniciar de 5 a 10 anos antes da expectativa de transição, ou no momento em que a empresa/família já acumula patrimônio relevante. Isso garante tempo para estruturar holdings, seguros e previdência com custo-benefício adequado.
Dica 3 – Contabilidade em dia
Nenhum planejamento funciona se a contabilidade não estiver organizada. Ter demonstrações financeiras claras e atualizadas é fundamental para conhecer o patrimônio real e estruturar a sucessão de forma eficiente.
“Concluo que um patrimônio sem estrutura se perde em um curto espaço de tempo.
Sucessão bem feita exige estudo, planejamento e integração entre contabilidade, direito e finanças”, conclui.