Clubes contestam proposta do Flamengo sobre gramados sintéticos

Pedro Souza/Atlético

Athletico-PR, Palmeiras e aliados defendem a manutenção do uso de gramados artificiais

Athletico-PR, Palmeiras e outros clubes contestam a proposta do Flamengo contra gramados sintéticos.

Clubes unidos contra a proposta do Flamengo sobre gramados sintéticos

Na última quinta-feira (11/12), os clubes Athletico-PR, Atlético-MG, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras emitiram um comunicado conjunto contestando a proposta do Flamengo. Este pedido à CBF visa a padronização e eliminação do uso de gramados sintéticos até 2027, suscitando debates acalorados entre as equipes.

Os cinco clubes defendem que a tecnologia utilizada no Brasil para os gramados sintéticos está em conformidade com as “melhores práticas internacionais”. Na nota, eles criticam a postura do Flamengo, que consideram “simplificada, injusta e tecnicamente equivocada”. Os clubes ressaltam que os gramados sintéticos de alto desempenho podem proporcionar condições superiores em relação a muitos campos naturais que estão em mau estado no Brasil.

Os clubes ressaltam que não existem estudos científicos conclusivos que comprovem que a utilização de gramados sintéticos modernos está associada a um aumento no número de lesões, um ponto frequentemente levantado por atletas e dirigentes que são contrários ao uso dessas superfícies. Além disso, os clubes afirmam que a discussão sobre a qualidade dos gramados é legítima, mas deve ser realizada com “responsabilidade” e sem “distorções da realidade”.

A resposta do Flamengo

Em contraposição, o Flamengo alega que nenhum país campeão mundial aprova o uso da chamada “grama de plástico”. O clube menciona declarações de jogadores, incluindo Neymar, que se manifestaram contra os gramados sintéticos. O Flamengo fundamenta sua posição na existência de diversos estudos que, segundo eles, demonstram um risco maior de lesões em campos artificiais. Por isso, o clube sugere a implementação de uma transição obrigatória: até o final de 2027 para as equipes da Série A e até 2028 para as da Série B.

Durante esse período, o Flamengo busca estabelecer um padrão mínimo para a superfície sintética e propõe a criação de normas para avaliar todos os gramados, sejam naturais ou sintéticos, seguindo critérios da FIFA e da Uefa. Atualmente, o futebol brasileiro carece de uma regulamentação específica para esse tipo de superfície.

Uma discussão necessária

Os clubes contrários à proposta do Flamengo reafirmam que a utilização de gramados sintéticos, quando adotada de forma responsável e regulamentada, está alinhada às melhores práticas internacionais. Eles enfatizam a falta de padronização dos gramados no Brasil e afirmam que ignorar essa realidade e criticar exclusivamente os gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplista e injusta.

“Um gramado sintético de alta performance pode superar, em diversos aspectos, os campos naturais que se encontram em péssimas condições nos estádios do país”, afirmam.

Os clubes concluem que não há qualquer estudo científico conclusivo que demonstre que os gramados sintéticos modernos aumentam o risco de lesões.

Ao final, os clubes sublinham a importância de discutir a qualidade dos gramados de maneira saudável e responsável, com dados objetivos e conhecimento técnico, evitando narrativas que distorçam a realidade e desinformem o público sobre a complexidade do tema.

Fonte: portalleodias.com

Fonte: Pedro Souza/Atlético

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