CMAA registra receita de R$ 2,8 bilhões com cana no Triângulo Mineiro

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A companhia investe na diversificação agroindustrial em Minas Gerais com foco na cana-de-açúcar.

CMAA alcança R$ 2,8 bilhões com produção de cana no Triângulo Mineiro, destacando a transformação econômica da região.

CMAA e a transformação da produção de cana no Triângulo Mineiro

A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) atingiu uma receita impressionante de R$ 2,8 bilhões na safra 2024/25, destacando a importância do cultivo de cana-de-açúcar na transformação econômica do Triângulo Mineiro. Carlos Eduardo Turchetto Santos, CEO da CMAA, lidera a companhia que, desde a sua fundação, em 2006, tem se dedicado a redefinir a paisagem agrícola da região, antes dominada por outras culturas.

Em 2006, Turchetto, um empresário do agronegócio de São Paulo, ampliou suas operações para Minas Gerais ao fundar a CMAA. Ele reconheceu a necessidade de diversificação no setor e percebeu o potencial do Triângulo Mineiro para a cana, um cultivo que até então era quase exclusividade de São Paulo e do Nordeste. Na sua primeira safra, a unidade do Vale do Tijuco, entre Uberaba e Uberlândia, superou as expectativas ao processar 1,2 milhão de toneladas de cana.

Crescimento e investimentos da CMAA

A CMAA buscou também capital externo, resultando em uma parceria estratégica com a IndoFoodResources, uma das líderes em alimentos na Indonésia. Isso não só trouxe recursos financeiros, mas também acesso a tecnologias globais, imprescindíveis para aumentar a eficiência e a produtividade da cana. A companhia atualmente processa cerca de 10 milhões de toneladas de cana por ano, evidenciando um crescimento contínuo, com um aumento de 10,4% na receita em comparação com o ano anterior.

A projeção de investimentos na expansão da produção de cana e derivados é de R$ 3,5 bilhões até 2033, refletindo a confiança no potencial da região. Turchetto enfatiza que a localização estratégica, próxima a grandes centros urbanos e com infraestrutura adequada, foi crucial para a escolha do Triângulo Mineiro.

Sustentabilidade e inovações tecnológicas

Apesar de a sustentabilidade não ter sido uma prioridade inicialmente, a CMAA tem se adaptado. Desde a criação de sua área de sustentabilidade em 2020, a empresa investiu em tecnologia para melhorar suas práticas agrícolas e industriais, visando reduzir os impactos ambientais. A gestão de processos inclui o uso de sistemas de monitoramento que previnem incêndios e contribuem para a preservação do meio ambiente.

A CMAA desenvolveu o Projeto de Irrigação 4.0, com o objetivo de modernizar a irrigação em 27 mil hectares até 2036, utilizando automação e inteligência climática. Além disso, toda a energia da unidade do Vale do Tijuco é proveniente de biomassa, contribuindo para a sustentabilidade e diminuindo a dependência de fontes não renováveis.

O futuro da cana-de-açúcar e biometano

O biometano surge como uma nova oportunidade de negócio para a CMAA. A companhia já está em fase de licenciamento para implementar uma planta de produção de biometano, com investimentos de R$ 200 milhões. Esse combustível, a partir de resíduos orgânicos, pode substituir o diesel, oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente.

A CMAA, ao investir em biometano, almeja não apenas diversificar seu portfólio, mas também contribuir para a descarbonização do setor, construindo um modelo de negócio que une sustentabilidade e lucratividade.

Conclusão

A CMAA se destaca não apenas pela receita expressiva, mas também pelo papel que desempenha na reconfiguração do agronegócio no Triângulo Mineiro. A união de práticas sustentáveis, inovação tecnológica e uma forte estratégia de diversificação coloca a companhia como um exemplo no setor sucroalcooleiro, evidenciando o potencial da agricultura moderna no Brasil.

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