Pressão sobre indústrias brasileiras aumenta com tarifaços dos EUA
CNI alerta que a competitividade das indústrias está ameaçada pelo tarifaço dos EUA.
CNI alerta sobre a urgência na resolução do tarifaço dos EUA
Na coletiva de imprensa realizada em 10 de dezembro de 2025, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, abordou a situação atual das negociações sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Alban afirmou que, embora as negociações estejam progredindo mais rapidamente do que o esperado, ainda são necessários avanços significativos.
O diretor de economia da CNI, Mario Sergio Telles, trouxe dados preocupantes, revelando que 34% das indústrias de transformação estão enfrentando sérios impactos, com empresas ameaçadas de perder competitividade.
Impactos do tarifaço na indústria brasileira
Conforme Telles, a pressão internacional, especialmente proveniente do mercado de commodities, está sendo gradualmente mitigada, mas o ambiente geopolítico continua a pesar mais nas negociações do que as questões técnicas. “A geopolítica está falando mais alto neste momento. As negociações não são tão simples”, destacou.
As interações comerciais entre Brasil e EUA estão sendo tensionadas por fatores políticos que, segundo o presidente da CNI, estão se dissipando, oferecendo uma oportunidade para que os diálogos sejam retomados e intensificados. Telles sublinhou a necessidade de um foco renovado nas relações diplomáticas, ressaltando que a estratégia dos EUA também tem envolvido países do Caribe. Isso, segundo ele, tem complicações adicionais nas conversas, especialmente devido às recentes tensões com a Venezuela.
Preocupações sobre a competitividade
A CNI expressa uma crescente preocupação com a situação atual. “O problema é muito sério. As empresas estão ameaçadas, e o fôlego não é infinito — está diminuindo”, alertou Telles, reforçando a necessidade urgente de ações eficazes. A CNI defende que o governo brasileiro amplifique seus esforços de diálogo com os Estados Unidos e acelere as decisões relacionadas às tarifas. “Existe urgência em avançar na resolução das tarifas”, enfatizou.
Diante desse cenário, a CNI também projeta que a inflação em queda pode levar a uma redução na taxa de juros, o que poderá afetar positivamente a recuperação econômica e o crescimento do PIB, previsto em 1,8% para 2026. A situação exige atenção e celeridade nas tratativas para que as indústrias possam se recuperar e restabelecer sua competitividade no mercado global.
Conclusão
A pressão sobre as indústrias brasileiras, resultante do tarifaço dos EUA, representa um desafio significativo. Assim, as chamadas da CNI para uma rápida resolução das tarifas são mais do que necessárias; são urgentes. O tempo é um fator crítico e o fôlego das empresas se esgota, reforçando a importância de estratégias eficazes e rápidas para garantir a competitividade do setor industrial brasileiro.


