Cogna (COGN3) Enfrenta Queda Apesar de Nova Portaria do MEC

Ações da Cogna recuam mesmo com mudanças consideradas positivas pelos analistas.

As ações da Cogna (COGN3) enfrentam uma queda significativa, mesmo após a nova portaria do MEC.

As ações da Cogna (COGN3) tiveram um dia difícil, enfrentando uma queda de mais de 2% e posicionando-se entre os maiores declínios do Ibovespa nesta segunda-feira, 29 de março de 2026. Por volta das 15h, os papéis caíam 2,18%, cotados a R$ 3,14, com uma mínima intradia de R$ 3,13, refletindo a inquietação do mercado diante das novas diretrizes do Ministério da Educação (MEC).

Contexto da Queda

Na última sexta-feira, o MEC publicou a Portaria 921/2025, que introduz novas regras para os cursos de enfermagem oferecidos na modalidade de ensino a distância (EAD). Embora a portaria tenha sido recebida com otimismo por alguns analistas, a Cogna, que possui uma significativa quantidade de alunos matriculados em cursos a distância, é vista como uma das empresas mais prejudicadas pelas novas exigências. A nova regulamentação permite que grupos educacionais solicitem credenciamento de novas unidades presenciais, mas impõe restrições rigorosas.

Novas Regras do MEC

As principais diretrizes estabelecidas pela Portaria 921/2025 incluem:
Credenciamento de Novas Unidades: Permissão para solicitar novas unidades presenciais, limitada a um pedido por município onde existam pelo menos 40 alunos.
Padrões de Qualidade: As instituições devem ter notas 4 ou 5 em avaliações do MEC para serem elegíveis.
Cursos Adicionais: Para cada nova unidade, deve-se abrir entre um a quatro outros cursos na área da saúde, com até 100 vagas anuais cada.
Análise Prioritária: As instituições podem indicar quais pedidos terão prioridade na análise, com um limite de 30% do total.

Essas novas regras complementam as diretrizes já anunciadas em maio, que proíbem a oferta de cursos como direito, medicina e enfermagem exclusivamente na modalidade EAD.

Análise dos Especialistas

Os analistas da Ágora Investimentos/Bradesco BBI consideram que a nova portaria representa uma esperança de mitigação dos impactos imediatos da proibição de cursos de enfermagem a distância. Eles acreditam que essa medida pode expandir as receitas da Cogna a médio prazo, aumentando a taxa de ingresso nos campi e permitindo a adição de novos cursos na área da saúde.

A corretora mantém a recomendação de compra para a Cogna, com um preço-alvo de R$ 4,80, sugerindo um potencial de valorização de 49,5% sobre o preço de fechamento anterior.

Desempenho Anual

Apesar da queda recente, as ações da Cogna ainda apresentam um desempenho robusto no ano, com uma valorização de aproximadamente 240% desde janeiro, destacando-se como uma das melhores opções no Ibovespa em 2026. A resiliência da empresa em um ambiente regulatório desafiador será um fator chave para o futuro de suas ações e a confiança dos investidores.

O mercado continua a monitorar a situação e os próximos passos da Cogna frente às novas diretrizes e a resposta do setor educacional às exigências do MEC.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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