Comentários de Trump geram descontentamento entre somalis

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Líder americano chama somalis de 'lixo' após ataques, enfrentando críticas de membros da comunidade

Declarações de Trump sobre somalis geram reações negativas tanto nos EUA quanto na Somália.

Comentários de Trump geram reações adversas na Somália e na comunidade somali-americana

Nesta semana, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez comentários depreciativos em relação a somalis, chamando-os de “lixo” durante um discurso sobre a redução da imigração de países considerados de “terceiro mundo”. Essas declarações surgiram após um ataque que resultou na morte de dois membros da Guarda Nacional por um nacional afegão, evidenciando a tensão crescente em torno do tema da imigração.

Trump aconselhou somalis americanos a retornarem ao seu país de origem para “corrigi-lo”, referindo-se à Somália como “inferno”. Essa retórica gerou uma onda de descontentamento tanto entre somalis nos EUA quanto em sua terra natal, que enfrenta desafios enormes, incluindo conflitos armados e crises humanitárias.

Resposta da comunidade somali

Reações imediatas não tardaram a surgir. A representante Ilhan Omar, nascida na Somália e uma das vozes mais reconhecidas da diáspora, descreveu os comentários de Trump como “vile” e destacou a importância das contribuições dos somalis americanos para o progresso da sociedade americana. “Somalis estão aqui para melhorar nosso país,” afirmou Omar, refletindo o sentimento de muitos na comunidade.

O descontentamento também foi ouvido em Mogadishu, onde cidadãos somalis repudiaram as palavras de Trump, ressaltando seus esforços para reconstruir o país, apesar da pobreza e da insegurança. Dr. Abdulkadir Abdirahman Adan, um dentista que fundou o único serviço de ambulância gratuito no país, exemplifica essa determinação, arriscando sua vida para salvar outros em um ambiente marcado por ataques terroristas do grupo al-Shabab.

Ações positivas em meio à adversidade

Diversas iniciativas por somalis na sua luta por um futuro melhor são dignas de nota. O Centro Elman de Paz e Direitos Humanos, liderado pela ativista Ilwad Elman, é um exemplo de esforços para desenvolver a comunidade, oferecendo apoio a jovens forçados a se juntarem a milícias e estabelecendo a primeira clínica de crise de estupro do país.

Além disso, uma equipe de futebol para amputados foi criada para dar uma nova oportunidade àqueles que perderam membros devido à violência. A vida cultural e artística em Somalia também está florescendo, com jovens inovando em negócios tecnológicos e expressando suas vozes através da música e das artes.

O apoio dos EUA e a realidade do povo somali

Apesar das declarações de Trump, o governo dos EUA continua a apoiar a Somália em diversos níveis. A colaboração bilateral é vista como crucial na luta contra o al-Shabab, com a América treinando forças armadas somalis e realizando operações de combate ao terrorismo.

Ilham Ali Gassar, representante somali na Assembleia Legislativa da África Oriental, comentou que embora as palavras de Trump possam ser feridas, a parceria entre os EUA e a Somália abrange muitos anos de cooperação mútua. Ela reafirmou que o valor daquela relação é muito maior do que qualquer comentário político desprezível.

Os somalis, tanto em seu país como na diáspora, continuam a se unir em suas contribuições à sociedade, mostrando que, apesar dos desafios, a determinação e a resiliência são fundamentais na busca por um futuro melhor.

Fonte: www.npr.org

Fonte: s hide caption toggle caption TONY KARUMBA/AFP via Getty Images

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